segunda-feira, 23 de junho de 2008

Americanos mostram otimismo com o Brasil


Tradicionalmente visto como o país do futuro que nunca chega, o Brasil vive um momento especial, na opinião de analistas estrangeiros, que contrasta com o pessimismo em relação aos EUA. No caso dos participantes do seminário da Universidade Colúmbia há duas semanas, o juízo foi unânime: o Brasil superou importantes vulnerabilidades e, agora, deve crescer de forma acelerada e sustentável.

"O Brasil tem sido um "sweet spot" [algo como exceção à regra]. É um dos únicos países do mundo neste momento que podem de fato se beneficiar de um descolamento [da crise americana]", elogia Bill Rhodes, que no passado lidou, em mais de uma ocasião, com crises envolvendo o país.

Nas avaliações feitas por Rubin, Rhodes e Geithner, por exemplo, foi destacado o fato de o Brasil ter estabilizado a economia sem incorrer em "medidas artificiais". "Quem imaginava, há cinco anos, que o Brasil estaria em situação tão favorável como a de hoje? O país está fazendo um trabalho extraordinário", comentou Rubin.


Na avaliação geral, o país superou vulnerabilidades que, no passado, impediam sua economia de crescer por períodos mais longos: a dependência de petróleo (hoje, o Brasil é auto-suficiente e, com as descobertas de novos campos, deve se transformar em exportador em poucos anos) e os déficits em conta corrente, que hoje são cobertos com folga pelos fluxos de investimento estrangeiro direto.


Em tempos de escassez mundial de energia e alimentos, o Brasil aparece com vantagens comparativas. "É um dos maiores beneficiários do boom de commodities, principalmente na área mineral e de alimentos", diz Rhodes. "O Brasil apresenta notáveis oportunidades neste momento. Tem governo estável, uma indústria energética muito atrativa, a classe média está crescendo", diz Abby Cohen.


Um terceiro aspecto mencionado foi o dinamismo do setor privado. "O Brasil tem um dos setores privados mais dinâmicos que já conheci", elogia Rhodes. Uma prova disso é que as ações de duas empresas brasileiras, Petrobras e Vale, estão hoje entre as dez mais negociadas da Bolsa de Nova York, diz Christiaan Brakman, diretor de relações da NYSE com a mídia

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