sábado, 21 de junho de 2008

A ruralista Katia de Abreu.Da polícia, a guerra da CNA migra para as manchetes



Conforme noticiado aqui, a disputa pelo comando da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) aportou, nesta sexta-feira (20), numa delegacia de polícia de Brasília.Candidata à presidência da entidade, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) diz que seu correio eletrônico foi violado. Em privado, acusa o rival Fábio Meirelles.

Atual presidente da CNA, Meirelles é candidato à reeleição. Está em desvantagem na disputa. Dos 27 votos em disputa, dispõe de seis. O troco de Meirelles veio nas páginas da última edição de Veja, levada à internet na madrugada deste sábado (21). Assinada pelo repórter Diego Escosteguy, a reportagem (só para assinantes) traz o seguinte título: “Tem boi na linha”. O subtítulo anota: “Surgem evidências de que a CNA bancou a campanha eleitoral da senadora Kátia Abreu.”

A revista teve acesso a documentos internos da CNA. “Apontam fortes evidências de que a entidade bancou ilegalmente despesas da campanha” de Kátia Abreu, diz o texto. Deu-se na campanha de 2006, que levou a representante do Estado de Tocantins ao Senado. Envolve dispêndios de R$ 650 mil. O dinheiro migrou, segundo Veja, das arcas da CNA para a caixa registradora da Agência Talento, a mesma que assinou as peças publicitárias da campanha de Kátia.

A agência emitiu duas notas. Uma de R$ 350 mil. Outra de R$ 300 mil. No corpo dos documentos, descreve assim os serviços supostamente prestados à entidade: “Produção de peças para a campanha de estímulo do voto consciente do produtor rural nas eleições 2006”.
“O problema é que, dentro ou fora da CNA, não há vestígio da tal campanha de ‘voto consciente’, informa Veja. Fábio Meirelles, o rival da senadora na CNA, afirmou: "Abrimos uma investigação para descobrir por que os pagamentos foram feitos". Prometeu resposta para 15 dias. Dono da agência Talento, o publicitário César Carneiro assegura que os serviços foram prestados. Mas diz não ter guardado cópias das peças.

Quanto à campanha de Kátia Abreu, o marqueteiro disse à revista que trabalhou de graça: "Ela não me pagou e eu nunca cobrei. Foi um bônus". Kátia Abreu disse coisa diferente a Veja: "Quem pagou os serviços da Talento foi a minha campanha ou o comitê do partido no estado". O repórter foi à prestação de contas levada pelo DEM à Justiça Eleitoral. Não encontrou nenhum vestígio de pagamento à agência Talento. A senadora assegurou a Veja que a campanha da CNA de “estímulo do voto consciente do produtor rural” foi feita.

Foi organizada, segundo ela, por Antônio de Salvo, que presidia a CNA em 2006. Diz ter feito a intermediação com o dono da agência Talento. Mas... ...Mas a campanha, segundo Kátia Abreu, acabou não sendo veiculada. Por que? "É que, com a morte do antigo presidente, perdeu-se o clima, o interesse", diz a senadora. Como se vê, vai longe a guerra da CNA. Uma confederação que dispõe de orçamento anual de cerca de R$ 180 milhões. Dinheiro recolhido compulsoriamente de 1,7 milhão de produtores agrícolas em atividade no país. No blog do Josias

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