sexta-feira, 6 de junho de 2008

Cabral desiste de Molon e relança Eduardo Paes


O candidato a prefeito do Rio pelo PT, o deputado estadual Alessandro Molon, perdeu ontem a aliança com o PMDB. O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que havia costurado uma coligação com os petistas ao lançar como vice de Molon seu ex-chefe da Casa Civil Regis Fichtner, relançou o nome de Eduardo Paes para sair como candidato pelo PMDB. Paes se desincompatibilizou como secretário estadual de Esporte, Turismo e Lazer na quarta-feira. Fichtner também se desincompatibilizou no mesmo dia.

Segundo o PMDB, a desistência ocorreu porque o PT vai lançar candidatos próprios em cinco municípios do interior do Estado onde o PMDB também tem candidaturas, como Queimados e Angra dos Reis. Até o presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, que era contra Paes, resolveu apoiá-lo. Cabral já havia lançado Paes meses atrás, mas não conseguira ter maioria no partido por conta da resistência de Picciani.

A desistência da PMDB à candidatura de Molon também se explica pelo fraco desempenho que o petista tem apresentado nas pesquisas de intenção de voto. Na pesquisa do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS), divulgada anteontem, o candidato do PT aparece em sexto lugar na disputa pela prefeitura do Rio com 2,9% das intenções de voto.

O candidato do PT também tem sofrido com o pouco engajamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em cerimônias que participou no Estado do Rio nos últimos meses, é comum ver Lula ao lado do candidato do PRB, o senador e pastor da Igreja Universal Marcelo Crivella, em primeiro lugar nas pesquisas.

No PT do Rio, a notícia do rompimento da aliança causou surpresa. "Essa aliança foi feita e desfeita sem o diretório do Rio saber", disse o presidente do diretório municipal do PT, Alberes Lima. Ontem, segundo Lima, o PT apenas havia recebido pedidos do PMDB para que desistisse de lançar as candidaturas no interior e foi informado de que a opção da aliança estava mantida. Poucas horas depois, entretanto, o partido foi comunicado que aliança estava desfeita. "A notícia nos pegou de surpresa. O PT, apesar disso, seguirá firme nesta eleição com minha candidatura e com nosso projeto para a cidade", disse Molon, por meio de nota.

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