sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Kassab fala em crise, mas terá o maior nº de secretários


Com a criação de seis secretarias desde o início do ano passado, o prefeito Kassab transformou São Paulo no governo municipal com o maior número de pastas -27 no total- entre as capitais. Ontem, na posse, ele disse que é necessário "navegar com cautela" em razão da crise mundial.

A estrutura paulistana passa a ter mais secretarias que o Rio de Janeiro, por exemplo, que conta com 22 -o prefeito Eduardo Paes (PMDB), que assumiu ontem, cortou quatro.

Com quase 11 milhões de habitantes, a capital paulista fica bem à frente de outras cidades grandes do país, como Porto Alegre. A cidade gaúcha tem 18 secretarias, incluindo nessa conta a recém-criada Secretaria Extraordinária para a Copa de 2014. Porto Alegre deverá ser uma das sedes do mundial.

Belo Horizonte tem dez (sendo outras 11 consideradas adjuntas). Recife tem 16, e Salvador segue o caminho contrário de São Paulo -o número de secretarias passará de 17 para 11.

Entre as capitais, apenas São Paulo tem uma Secretaria da Desburocratização, criada no começo de 2008 e entregue ao deputado estadual Rodrigo Garcia (DEM), aliado de Kassab e seu ex-sócio. A cidade passou a ter também uma Secretaria Especial da Mulher, a cargo de José A. Pinotti, também do DEM. Na maioria das capitais, há uma coordenadoria para tratar do tema.

No levantamento, o jornal Folha diz que considerou informações passadas oficiais das prefeituras. Levou em conta órgãos com nome de secretaria ou cargos de secretários e também outros, como fundações, quando têm status de secretaria em determinadas áreas em que o município não tem secretaria específica, como na área de saúde em Teresina (PI).


Mudanças
A criação de pastas também ajudou na estratégia de Kassab de contrabalancear sua equipe, dando mais peso aos seus aliados. O PSDB, porém, continua sendo a espinha dorsal da gestão. O tucano Clóvis Carvalho se mantém na Secretaria de Governo, comandando as principais ações da gestão.

O partido de Serra, padrinho político do prefeito, no entanto, não está mais embrenhado em todas as estruturas da prefeitura. As pastas foram loteadas e entregues com "porteira fechada" para outros partidos aliados. É o que ocorreu com o PMDB, que além de ter indicado a vice-prefeita, Alda Marco Antonio, também ganhou a Secretaria de Assistência Social, ocupada por ela mesma. Algo parecido aconteceu com o PR, que recebeu a Secretaria do Trabalho. Levantamento felito por o jornal Folha de S.Paulo

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