segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Muro da vergonha


O governo do Estado do Rio decidiu construir a partir deste mês um muro de quase 650 m de comprimento, com altura de 3 metros, em parte do morro Dona Marta (Botafogo, zona sul). De acordo com a explicação oficial, será uma forma de conter a expansão da favela. Para líderes comunitários, a muralha de concreto significa uma forma de segregação.

A ordem partiu do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), de acordo com o presidente da Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado), Ícaro Moreno, para impedir a devastação da floresta vizinha.

O Dona Marta vem sendo apontado pelo governo como a primeira favela do Rio em que a polícia conseguiu acabar com o tráfico de drogas, desde a ocupação policial ocorrida em 19 de novembro. A floresta é tradicional rota de deslocamento dos criminosos.

Para o presidente da associação de moradores do morro, José Mário Hilário, a explicação oficial não convence. Ele disse que em nenhum momento os líderes comunitários, que representam cerca de 7.500 habitantes, foram consultados.
"Nós da comunidade, oficialmente, não sabemos de nada. Para nós, o muro não quer dizer nada. Aquele limite [com a floresta] sempre foi respeitado", disse Hilário

1 Comentários:

  • quarta-feira, 07 janeiro, 2009
    Anônimo Disse:

    Acho uma boa idéia delimitar fisicamente as pouca areas de mata atlantica que restam nos morros do Rio. Acho um pouco paranoica essa ideia de muro=segregação. Segregação dispensa muro. A comunidade em questão continua com todos os acessos normais abertos, o muro vai separar a comunidade do que resta de area de preservação, não do resto do bairro. Menos snhores, menos e vamos nos concentrar nas reais discriminações e não perder tempo com as imaginárias.

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