domingo, 8 de novembro de 2009

Sobras de campanha de Collor somaram US$ 52 mi, diz Falcão

O ex-deputado Cleto Falcão, líder do ex-presidente Fernando Collor, no Congresso Nacional no anos 90, disse em entrevista à GloboNews, que as sobras de campanha somaram US$ 52 milhões.

"O PC era bom em arrecadar dinheiro", disse Falcão. PC Farias era o tesoureiro de campanha de Collor. Segundo o ex-deputado, ele dizia aos empresários, donos de cartéis industriais, que com US$ 1 milhão, poderiam ser ouvidos, com US$ 2 milhões, poderiam opinar e com US$ 3 milhões, poderiam indicar. Segundo Falcão, Collor não sabia desses métodos utilizados por PC na arrecadação.

Falcão disse que um dos momentos mais marcantes da campanha foi o episódio da doação de US$ 3 milhões feita à campanha de Collor, pelo empresário, dono do Grupo Votorantim, Antônio Ermírio de Moraes. O cheque teria sido repassado a PC Farias no caixa dois da campanha.

"Ele(Moraes) disse ao Fernando que tinha sido chamado pelo Sarney para disputar à presidência", disse Falcão afirmado que o convite não foi aceito pelo empresário porque ele não queria pagar o preço de eleger Leonel Brizola ou o "despreparado do Lula", ao tirar votos de Collor.

Morte de PC
Para Falcão os verdadeiros motivos da morte de PC Farias, tesoureiro de campanha de Collor, morto por sua namorada Suzana Marcolino na sua casa de praia em Maceió, em 1996, só devem vir à tona em 20 anos.

"Aceitar que a Suzana pegou o revólver e matou PC é acreditar em papai Noel", disse ele à GloboNews. "Ninguém mata as galinhas dos ovos de ouro", disse ele em refência à motivação passional que Suzana teria. O crime pode estar ligado às sobras de campanha, disse Falcão.

Namorada de Lula
Ele disse que durante a campanha de Collor, eles estavam preocupados com o desempenho de Lula, quando trouxeram uma fita com o depoimento de uma suposta ex-namorada dos petista falando sobre um filho que os dois teriam.

"Quando Fernando viu aquilo disse: 'vou colocar isso no ar'", afirmou relantado que todos os presentes concordaram. Para ele, o PT foi incompetente ao não encontrar o filho que Collor teria fora do casamento. "Eles (PT) vieram aqui (Alagoas), mas não conseguiram encontrá-lo", afirmou.

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