segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Comando do DF pode ir para petistas

O desenrolar da crise política no Distrito Federal pode levar a Câmara Legislativa - que tem um terço de seus integrantes também envolvidos no escândalo de corrupção - a escolher o novo governador. É isso que determina a Lei Orgânica do Distrito Federal e a Constituição. Mas, se os cargos demorarem a ser desocupados, o governo do DF poderá "cair no colo" do PT.

A depender do caminhar da crise, José Roberto Arruda pode se ver obrigado a renunciar ao mandato. O vice, Paulo Octávio, assumiria. Ocorre, porém, que o inquérito da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora indica também o envolvimento do vice-governador.

Segundo informações de um relatório de inteligência da PF, Paulo Octávio receberia 30% da propina arrecadada pela empresa Infoeducacional. Nesse caso, o presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM), assumiria o cargo. Mas ele também é investigado.

Na sequência dessa cadeia sucessória, assumiria o vice-presidente da Câmara, deputado Cabo Patrício (PT). Ele teria 90 dias para convocar novas eleições. Mas se as vagas de governador e vice só forem abertas em 2010, a menos de um ano do fim dos mandatos, Cabo Patrício ficará no cargo até o fim do governo, conforme determina a Lei Orgânica do DF: "Em caso de impedimento do governador e do vice-governador do Distrito Federal, ou vacância dos respectivos cargos no último ano do período governamental, serão sucessivamente chamados para o exercício, em caráter definitivo no caso de vacância, o presidente da Câmara Legislativa, o vice-presidente da Câmara Legislativa e o presidente do Tribunal de Justiça."

Desde 2003, o governo do Distrito Federal é ocupado por adversários políticos do PT. Em 2002, foi eleito Joaquim Roriz, que pertencia ao PMDB na época.

Nas últimas eleições, Arruda foi eleito para o governo. Roriz foi eleito para o Senado e obrigado a renunciar para se livrar de um processo de cassação, já que foi flagrado em gravação telefônica negociando a partilha de um cheque de R$ 2,2 milhões que pertencia ao empresário Nenê Constantino.

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