quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Avanço de Lula é a resposta do povo ao indecente privatismo da elite vende-pátria


Ética” de acusar em falso, matar os pobres de fome, alienar patrimônio público e prestar vassalagem aos EUA colhe o que plantou

O impressionante crescimento de Lula neste segundo turno das eleições mostra a consciência clara do povo brasileiro sobre a diferença essencial entre os dois candidatos. É a liberação do mais legítimo sentimento de revolta contra a devastação, contra o assalto, contra os que traficaram o patrimônio que construímos durante décadas à custa de um esforço titânico.


Alckmin também prometeu em 2002 não privatizar e privatizou

Razão de ser do PSDB é privatizar, isto é, entregar o patrimônio público do país para os monopólios estrangeiros

O impressionante crescimento de Lula neste segundo turno das eleições ficará na História do nosso país como um dos seus momentos mais decisivos e, por que não dizer, dos mais belos. O quase incrível não é que Lula tenha reduzido a candidatura da reação a frangalhos, mas que sua candidatura tivesse ainda tanto para crescer depois da vitória no primeiro turno. Até mesmo em regiões onde conquistou mais de 70% dos votos, Lula continua crescendo. Além disso, cresce em todas as outras regiões, em todas as faixas de renda em que se divide a população e em todos os níveis de escolaridade. Isso, bem entendido, foi registrado até mesmo pelas pesquisas daqueles que jamais demonstraram qualquer simpatia pela candidatura do presidente, ou mesmo pela sua pessoa, e menos ainda pelo seu governo. Em suma, pelos próprios apoiadores de Alckmin: aquelas pesquisas que sempre foram o principal instrumento para turbinar os candidatos mais reacionários, não puderam ignorar o colossal crescimento de Lula.

ESSÊNCIA

Os prognósticos são de que Alckmin possa ter, no segundo turno, menos votos que no primeiro. Ou seja, que perca votos, ao invés de ganhar, num turno em que há só dois candidatos, em relação ao turno anterior, onde havia oito candidatos. Apesar de Alckmin, eleitoralmente, ser talvez o pior candidato de todos aqueles que já se candidataram a presidente no Brasil, não é possível creditar só a ele, nem principalmente a ele, a derrocada fenomenal das últimas semanas. Há quatro anos, com a cobertura da sua mídia e sob o abrigo das pesquisas enganosas, mesmo Alckmin foi alçado ao governo de São Paulo, e concorrendo contra quem era milhares de vezes melhor do que ele.

No entanto, agora não funcionou. E não funcionou porque o centro da campanha do segundo turno é, exatamente, qual a essência de cada projeto para o país. Isso transformou-o num caso liquidado. A este propósito, é ridículo que certos corifeus tucanos na mídia venham repetindo que não se discutem propostas, ou que os projetos de Lula e Alckmin são o mesmo.

Não se tem feito outra coisa nesta campanha do que discutir propostas. E, naturalmente, se os projetos dos dois candidatos fossem iguais, Alckmin seria candidato a vice de Lula. No entanto, é o próprio Alckmin que se encarrega de citar “a diferença”, como se o povo brasileiro não a conhecesse, depois de oito anos de Fernando Henrique e quatro anos de Lula.

Parece estranho a alguém neste país que todos acreditem em Lula quando fala na sanha privatizadora de Alckmin e dos tucanos, e ninguém acredite em Alckmin quando ele diz que é mentira? Evidentemente, a ninguém. Por duas razões: primeiro, todos sabem que o PSDB é um partido que só tem um razão de ser: privatizar, isto é, entregar o patrimônio do povo a monopólios estrangeiros, e exatamente porque é esse o centro da política desses monopólios, e do governo deles nos EUA, para ao países periféricos, como o Brasil. Eles são privatistas precisamente porque são áulicos de Wall Street.

A segunda razão é que todos sabem que Lula tem por hábito falar a verdade, e os tucanos têm por hábito a mentira. Até o falecido Mário Covas, tão incensado por alguns como se ele fosse algo que jamais foi, assinou duas cartas durante sua campanha ao governo de São Paulo: uma comprometendo-se a não privatizar o Banespa; a outra, comprometendo-se a não privatizar a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). Uma vez no governo, Covas privatizou tanto um quanto outra – no caso do Banespa, através do artifício da “federalização”. Esse, diga-se de passagem, é aquele cidadão que Alckmin apresenta como seu modelo moral e exemplo na vida pública, aliás, com razão: ele próprio mentiu na campanha ao governo, quando declarou que não iria continuar as privatizações, aquelas que depois foi o único governador do país a continuar.

O incrível é que Alckmin ache que é possível esconder essas façanhas, e que não há problema em mentir sobre esse assunto, mesmo quando todos sabem que é mentira. Ao que parece, acha que é obrigação dos outros acreditar nele, mesmo quando sabem que é mentira. Não por acaso, mesmo pessoas que jamais demonstraram qualquer afinidade, muito pelo contrário, com Lula, o PT ou o governo atual, como o escritor Carlos Heitor Cony e o jornalista Jânio de Freitas, sentiram-se na obrigação de apontar essa farsa.

O crescimento exponencial de Lula é a liberação do mais legítimo sentimento do povo brasileiro: a revolta contra a devastação, contra o assalto, contra os que traíram e traficaram o país, entregando o patrimônio que ele, o povo, construiu durante décadas à custa de um esforço titânico.

O bando tucano-privatista sabe perfeitamente disso. Por essa razão, substituiu a campanha eleitoral por uma campanha de difamação, ao estilo do seu paraninfo, o finado Lacerda. Verdade seja dita, Alckmin é demasiado medíocre para que alguém o leve a sério como a reencarnação de Lacerda.

Mas, realmente, tem muita graça: durante o governo de Fernando Henrique, à custa da privatização, meia dúzia de pés-rapados tucanos transformaram-se de repente em banqueiros; alguns atravessadores de entrega de estatais, da cepa dos ricardo-sérgios, estufaram os cofres; até o secretário da Presidência, Eduardo Jorge, antes um assessor do Senado, tornou-se acionista de sabe-se lá quantas empresas, proprietário de um apartamento no endereço mais caro do Rio de Janeiro, além de parceiro do juiz Lalau, famoso jurista da época. O que faz hoje esse ex-assessor do Senado? É um dos coordenadores da campanha de Alckmin.

Em suma, o patrimônio público desapareceu e o patrimônio desse pessoal apareceu. Todos os relatórios da PF sobre sanguessugas, vampiros e outros animais mostram que eram esquemas instalados sob o guarda-chuva dos tucanos, antes da posse do presidente Lula.

Porém, depois disso tudo, Alckmin aparece para chamar o governo Lula de corrupto e perguntar de onde veio o dinheiro dos ex-petistas que estariam negociando o suposto dossiê sobre atividades tucanas. Desde o começo dessa história era mais do que evidente que Lula nada tinha com isso. Fez o que devia fazer: apoiou a PF, que está investigando, ao contrário da época dos tucanos, onde os policiais federais que queriam investigar alguma coisa seriamente eram transferidos para as cucuias, caixa-prego e outros lugares muito importantes.

É preciso ser um fariseu para vir acusar Lula, quando se tem esse telhado de vidro - e ainda não falamos das 69 CPIs abafadas pelo próprio Alckmin em São Paulo.

Qual foi o amigo atual ou passado de Lula que virou banqueiro? Qual deles está nadando em dinheiro? Qual deles, mesmo os mais aloprados, cometeu algum roubo? Nenhum. O mesmo não se pode dizer dos amigos e correligionários de Alckmin, que, aliás, jamais puniu um só corrupto no governo paulista, certamente porque o seu governo foi o primeiro, desde Adão e Eva, onde não havia um só corrupto...

CONSCIÊNCIA

Já que Alckmin faz questão de mostrar onde está a diferença, não seja por isso: a diferença é que Lula gosta do seu povo, é que seu governo se preocupa com os brasileiros, é que os que estão com Lula são aqueles que amam o Brasil. Alckmin e seus correligionários detestam o país, o povo e particularmente tudo o que existe de criativo, trabalhador e independente no Brasil. Por isso, querem arrancar o couro do povo e escravizá-lo a seus patrões alienígenas, o país tornado um deserto habitado por famintos, obrigados a vender sua força de trabalho por qualquer miséria – se conseguirem vendê-la.

Essa é a diferença. Por essa razão, porque o povo percebeu isso de forma clara, numa manifestação de consciência rara na História de qualquer país, Lula cresce de forma tão extraordinária.

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