O prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), considera "absolutamente verdadeira" a pesquisa Datafolha que mostrou ampliação da vantagem do presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Geraldo Alckmin (PSDB) de 11 para 19 pontos percentuais considerando-se os votos totais.
Maia, aliado de Alckmin e coordenador da campanha tucana no Rio, é um político conhecido pelas análises de dados de pesquisas.
"Alckmin está mais ou menos no mesmo patamar do primeiro turno e Lula abriu (vantagem), captando os votos da Heloísa Helena e do Cristovam Buarque", disse o prefeito nesta manhã em entrevista à rádio Jovem Pan. Heloísa Helena (PSOL) e Cristovam Buarque (PDT), derrotados na disputa pela Presidência no primeiro turno, não anunciaram apoio a qualquer um dos candidatos do segundo turno.
Segundo Maia, pesquisas internas realizadas no PFL durante o final de semana nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo já apontavam nesta direção.
A pesquisa Datafolha divulgada na noite de terça-feira mostrou Lula subindo de 56 por cento, há uma semana, para 60 por cento dos votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos), enquanto Alckmin caiu de 44 para 40 por cento. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
Pelas intenções totais de voto, a vantagem do presidente-candidato aumentou de 11 para 19 pontos percentuais. Lula cresceu de 51 para 57 por cento, enquanto o tucano passou de 40 para 38 por cento.
César Maia disse ainda que as pesquisas internas do PFL apontam um diferença menor entre Lula e Alckmin, de quatro pontos percentuais, mas admitiu que isso não muda o cenário retratado pelo Datafolha.
"Os 15 pontos líquidos já são uma enorme diferença", afirmou o prefeito no site que mantém na Internet. "O fato é que esta avaliação a favor do Lula é absolutamente verdadeira", acrescentou na entrevista à rádio.
O prefeito voltou a apontar como principal erro de Alckmin no segundo turno o apoio recebido por parte do ex-governador Anthony Garotinho (PMDB), inimigo político de Cesar Maia. O episódio chegou a abalar a campanha de Alckmin no Rio de Janeiro, motivando reações negativas do prefeito e de seu filho deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ), além da candidata ao governo do Rio Denise Frossard (PPS).