quinta-feira, 7 de maio de 2009

E a crise dos jornais?


Ibovespa sobe 1,64% e passa dos 51 mil pontos. Dólar cai 1,72%. Entrada de moeda no país é a maior em sete meses


A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve ontem mais um dia de recuperação, a sexta alta consecutiva, com o Índice Bovespa (Ibovespa) subindo 1,64%, para 51.499 pontos. Desde o início da semana passada, a bolsa acumula ganho de 12,4%. Com isso, o indicador voltou ao nível acima dos 51 mil pontos, de antes do agravamento da crise, em 15 de setembro, com a quebra do banco americano Lehman Brothers.

O dólar manteve a trajetória de queda e fechou em R$ 2,111, com recuo de 1,72%.

Entre os indicadores que animaram os investidores ontem, estão os índices de confiança do consumidor do Reino Unido, com a maior alta em quase dois anos. Além disso, saiu a pesquisa de emprego nos EUA referente a abril, indicando o corte de 490 mil empregos. Embora o número ainda seja considerado alto, foi bem abaixo da expectativa do mercado, que era superior a 600 mil vagas perdidas, lembrou o economista da Um Investimentos, Hersz Ferman.

Outro dado positivo foram as especulações da mídia sobre quanto capital os bancos necessitarão para se recuperar das perdas contábeis. Os números, se confirmados pelo Tesouro americano, são menores do que os esperados, disse Ferman. Ele lembrou ainda que não se falou em estatização dos bancos, o que pode ter animado ainda mais os investidores.

O volume significativo no dia, de R$ 7,47 bilhões, contra uma média diária de R$ 4,199 bilhões no ano, indica que as altas recentes são consistentes, com a entrada de investidores estrangeiros. No ano, até abril, o saldo (compras menos vendas) desse público está positivo em R$ 5,117 bilhões.

A entrada de dólares no país em abril superou a saída em US$ 1,43 bilhão, de acordo com dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). Este é o maior superávit desde o agravamento da crise financeira internacional, em setembro, quando o fluxo foi positivo em US$ 2,803 bilhões. Em março, o movimento de câmbio havia registrado déficit de US$ 796 milhões.

Dados de emprego puxam alta em Wall Street A recuperação foi puxada pelo crescimento do saldo comercial, que chegou a US$ 4,917 bilhões.

A conta financeira — que inclui, entre outras, as negociações em Bolsa e títulos — ficou negativa em US$ 3,487 bilhões, pela 14avez consecutiva. O déficit, porém, foi menor que o registrado em março (US$ 3,901 bilhões).

— Houve uma retomada da confiança dos investidores após a frustração com os primeiros meses do governo do presidente (Barack) Obama nos EUA. Já há mais dinheiro circulando nas bolsas — analisou o estrategistasênior do banco WestLB, Roberto Padovani.

No ano, o movimento de câmbio acumula déficit de US$ 1,544 bilhão. No mesmo período do ano passado, o fluxo estava positivo em US$ 15,663 bilhões.

Nos EUA, os mercados oscilaram ao sabor de especulações sobre o teste de estresse dos bancos americanos. Mas se firmaram em terreno positivo com os dados sobre emprego.

Em Nova York, o Dow Jones subiu 1,2%, para 8.512,28 pontos, superando os 8.500 pontos pela primeira vez desde de 9 de janeiro. O S&P 500 avançou 1,7% e o Nasdaq, 0,3%.

0 Comentários em “E a crise dos jornais?”

Postar um comentário

 

Consciência Política Copyright © 2011 -- Template created by Consciência Política --