quinta-feira, 28 de maio de 2009

Investimento externo na região privilegia Brasil, Chile e Colômbia


Os investimentos estrangeiros diretos (IED) na América Latina atingiram um nível recorde no ano passado, de US$ 128,3 bilhões. O total foi 13% maior que a marca de 2007, que já tinha sido a maior da história. Este ano, no entanto, o fluxo de investimentos estrangeiros na região deverá cair entre 35% e 45%, segundo estudo divulgado ontem pela Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Apesar do aumento do ano passado, o ritmo de investimento foi muito inferior que a elevação de 52% em 2007. Em todo o mundo, a crise levou a uma retração de 15% nos investimentos estrangeiros.

Entre os países latino-americanos, o Brasil foi o país que mais recebeu investimentos: US$ 45,058 bilhões. O México aparece em segundo, com US$ 21,950 bilhões. Em comparação com 2007, os investimentos no Brasil cresceram 30% e os no México recuaram 19,5% - num reflexo direto da desaceleração dos EUA, maior parceiro do México.

Na América do Sul, três países concentraram 80% da captação de IED: Brasil, Chile e Colômbia. Segundo a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, três razões explicam o interesse dos investidores pelo Brasil no ano passado: a busca por recursos naturais, a busca por um mercado crescente e a busca por eficiência, por profissionais bem preparados. O Brasil, e também o Chile e a Colômbia, se diferenciaram nesses pontos.

A Venezuela e o Equador foram os países onde o IED mais cresceu entre 2007 e 2008, (166% e 440% respectivamente), puxados principalmente em investimentos em setores de serviços. No setor de petróleo e gás, os investimentos perderam força. Apesar do aumento de modo geral, o total de recursos nos dois países ficou abaixo ou em linha com os que foram para economias muito menores, como Uruguai ou Trinidad e Tobago.

Os maiores investidores na região foram EUA (com 24% do total), Espanha (9%) e Canadá (8%).

Segundo a Cepal, a falta de crédito e percepção ainda alta de riscos, pode forçar uma queda brusca no IED este ano na região.

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