segunda-feira, 26 de maio de 2008

Brasileiros estão na lista dos 100 mais influentes


Dois brasileiros foram incluídos na lista dos 100 headhunters mais influentes do mundo da revista "BusinessWeek". São eles: Alfredo Assumpção, CEO da Fesa Global Recruiters e Jacques Sarfatti, "managing director" da Russell Reynolds Associates.

A seleta lista reúne profissionais das mais diversas nacionalidades. A escolha, segundo a revista, levou em conta a reputação individual, os anos de experiência na área, o olhar global de suas práticas de recrutamento, sua visibilidade entre os clientes do mercado no qual atuam e o reconhecimento que possuem entre as firmas e a comunidade de "executive search" mundial.

O mercado de "executive search" movimenta atualmente U$ 10 bilhões no mundo. Nele, atuam hoje headhunters com perfis diversificados. São consultores, executivos de recursos humanos, autores, conselheiros, graduados em escolas de negócios de primeira linha, empreendedores ou conselheiros de confiança dos líderes mais poderosos do planeta.

Os brasileiros escolhidos pela revista têm backgrounds bem diferentes entre si. Assumpção, 57 anos, é economista. Sarfatti, 46 anos, é engenheiro. Mas ambos tornaram-se hedhunters depois de uma longa experiência profissional na indústria.

Assumpção, CEO da Fesa Global Recruiters, começou a carreira na Kibon como apontador de cartões de ponto, na área de recursos humanos. Aos poucos, foi galgando postos em outras companhias até chegar à direção de RH do banco Chase Manhattan. "O banco estava mudando seu perfil, de comercial para investimentos, e eu precisei buscar as pessoas certas para essa transição", conta. Foi nessa busca, que ele descobriu uma brecha no mercado e sua vocação para o "hunting".

Ele conta que era muito difícil encontrar profissionais com o perfil certo para os bancos de investimento. Decidiu então montar uma empresa que atendesse essa demanda por especialidades na área financeira, a Fesa. O negócio que começou pequeno há 12 anos, firmou uma parceria internacional com a IIC Partners em 2005. Hoje, atende os diversos setores da economia. "Só no primeiro trimestre deste ano nossa demanda aumentou 88% em relação ao mesmo período do ano passado", comemora. Em quatro anos, ele contabiliza um crescimento de 641%. Com a boa performance, o CEO da Fesa ganhou assento no "board" da IIC Partners como representante da região das Américas.

O "managing director" da Russell Reynolds Associates no Brasil, Jacques Sarfatti, começou a atuar na seleção de executivos em 1999. Ele havia iniciado a carreira como consultor na extinta Arthur Andersen (atual Accenture). Depois, ingressou no setor industrial. Seu primeiro grande desafio foi assumir a diretoria operacional da Rheem, fabricante de latas. "Comandei 1,2 mil pessoas, de quatro fábricas, durante três anos", lembra. Depois disso, foi diretor operacional da Alcoa.

Na Russell Reynolds, Safartti é responsável pelo recrutamento de executivos na área industrial. Há três anos, responde mundialmente pelo setor de commodities, que inclui metalurgia, siderurgia, papel e celulose e agribusiness. O headhunter acredita que o perfil de quem segue carreira como "caça-talentos" mudou radicalmente nos últimos anos. "Muitos vêm da indústria e não mais da área de recursos humanos", diz. O processo de seleção hoje é muito mais complexo, segundo ele. "É preciso entender do negócio e não apenas preencher uma vaga", diz.

As empresas estão mais exigentes em suas demandas por executivos e cobram resultados mais precisos dos headhunters. "Antes um executivo com inglês fluente era suficiente, hoje não é mais. Um MBA era o bastante, hoje não é mais. Conhecer a Europa e os Estados Unidos era importante, hoje eles precisam conhecer a Ásia", explica.

Safartti diz que a habilidade para encontrar bons técnicos é vital, mas agora existem outras exigências. As empresas querem executivos que se adaptem rapidamente a novas culturas e cabe aos recrutadores encontrar quem reúna as duas competências. "Nossa procura também é muito mais global", diz. Há nove anos, ele conta que costumava viajar esporadicamente para os Estados Unidos e Europa. "Hoje de 10 viagens por ano, duas pelo menos são para a Ásia".


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