quarta-feira, 21 de maio de 2008

Mais um mico


Espera-se, sincera e encarecidamente, que depois de mais esse espetáculo deprimente, encenado nas dependências do Senado, mais precisamente na sala da CPI dos Cartões Corporativos, a oposição repense sua atuação. Reposicione suas tentativas de desgastar o governo Lula insistindo na tática de ciação de comissões parlamentares de inquérito. Não funciona. Não com o governo Lula.


■ Uma papagaiada

Os depoimentos de André Fernandes e de José Aparecido Nunes, ontem, produziram um mico. André contou que recebeu o dossiê no dia 20 de fevereiro e, como estava de férias, só informou seu chefe, o senador Álvaro Dias (PSDBPR), quando retornou ao trabalho. Mas como tinha "dado uma passadinha" no Senado, tomou conhecimento do anexo do email do seu "amigo de 20 anos". Dá para acreditar nisso? Pediu uma sessão secreta para fazer "graves revelações" aos deputados e senadores. Não foi atendido. Quais as "graves revelações?" Não duvidem, as mesmas de sempre. Aquelas que disse ter ouvido de José Aparecido, no tal almoço, onde este teria revelado ao "amigo" André a autora da maquinação: Erenice Guerra.

Ocorre que, sem provas, André corria riscos de ser processado por Dilma Rousseff e sua preposta Erenice Guerra, pois não estava sob o manto da proteção "do direito de não falar".

■ Oh!, que falta de memória

Eis que começa o depoimento de José Aparecido Nunes, ex-chefe da Secretaria de Controle Interno da Casa Civil da Presidência da República. E ele diz o quê? "Não tenho memória, nem consciência, de ter mandado o dossiê para André". É uma história totalmente inverossímil. Qualquer semi-alfabetizado em computadores sabe que para mandar um anexo ao email é preciso: 1) ir ao arquivo; 2) clicar no documento; e 3) clicar "anexar". Não há "anexação" automática, assim, distraída.

Por fim, as performances individuais da base do governo. Nesse quesito, a deputada Perpétua Almeida (PCdoBAC) e a senadora Ideli Salvati (PTSC) "apimentaram" um pouco mais a encenação dos desocupados do PSDB. Perpétua, chamou André de traidor do "amigo" e dedo duro.

Ideli formulou a pergunta sobre "o tipo de amizade que existia entre os dois", "quente ou fria"?(Corre a notícia no carpete azul do senado e câmara que André e Zé são... como direi...intimos..., se é que me entenderam) Não houve resposta. A reunião foi interrompida no final do tarde para atender a ordem do dia no Senado. Mas, hoje tem mais.

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