sexta-feira, 2 de maio de 2008

Novo pacote do Bird ao Brasil prevê mais apoio aos governos regionais


O Banco Mundial (Bird) anunciou ontem o maior volume de financiamentos já aprovados num só pacote para o Brasil. Além de US$ 1,6 bilhão em empréstimos direcionados a três projetos, o banco divulgou um programa de US$ 7 bilhões em novos financiamentos nos próximos quatro anos. O perfil do pacote também é diferente. Antes destinados especialmente ao governo federal, os empréstimos aprovados terão 70% dos seus valores direcionados aos Estados.

A mudança é creditada pelo Bird à melhora na situação macroeconômica do Brasil e sua menor vulnerabilidade. "Ao invés de grandes empréstimos federais em apoio à balança de pagamento, a maior parte do programa federal consistirá em assistência técnica de âmbito ambicioso, mas modesto valor financeiro", diz nota divulgada pelo banco. "O Brasil não precisa mais do puro e simples financiamento de projetos, mas sim do conhecimento adquirido pelo banco ao longo de tantos anos de acertos e erros", disse Rogério Studart, diretor executivo do Brasil no Bird, conforme informa a nota.

Do US$ 1,6 bilhão aprovado, US$ 976 milhões terão como alvo um programa do Estado de Minas Gerais para melhorar a qualidade e eficiência dos produtos e serviços públicos para consolidação de crescimento e redução de pobreza. O foco principal serão as áreas de saúde, educação e transporte. US$ 550 milhões serão destinado a São Paulo para melhoria dos serviços e aumento da capacidade de transporte trens e metrô na região metropolitana na capital paulista. Os restantes US$ 84 milhões vão para o governo federal para estender o programa "Saúde da Família".

Os financiamentos de US$ 7 bilhões ao longo dos próximos quatro anos estão num programa de "Estratégia de Parceira com o Brasil" que inclui metas de desenvolvimento como melhoria da qualidade das despesas públicas, redução da diferença entre o PIB per capita do Nordeste e do Brasil e a redução à metade da taxa de desmatamento da Amazônia.

Em vez da contribuição para identificação de novas prioridades, o Banco Mundial diz em nota que a estratégia de financiamento teve como um dos norteadores o apoio às prioridades já definidas pelo governo federal em projetos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A nota do Bird diz também que a nova estratégia não prevê engajamento em áreas onde o conhecimento e capacidade do País são bem desenvolvidos. O foco, divulgou o banco, foi auxiliar em desafios em áreas como desenvolvimento de infra-estrutura, estabilidade fiscal de longo prazo, qualidade da educação básica e média e harmonização do crescimento e desenvolvimento com a conservação e o uso sustentável dos biomas sensíveis.

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