segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Aos poucos, a gente vai descobrindo de onde veio o dinheiro


Documentos obtidos no cartório de registro de imóveis de São João Nepomuceno (MG) levantam suspeitas sobre a origem do patrimônio do deputado Edmar Moreira (DEM-MG). Indicado pelo parlamentar para o segundo escalão da administração de Juiz de Fora, o presidente da Empresa de Habitação do município, Daniel Ortiz Miotto, desembolsou R$ 326 mil por uma fazenda e, três meses depois, revendeu-a para o delegado da Polícia Civil Júlio Fernandes Moreira. Filho do deputado, o delegado é um dos donos oficiais do castelo Monalisa.

Segundo certidões do cartório, foi registrado, em maio de 2000, que Ortiz adquiriu “propriedade com área remanescente de 211 hectares” — vizinha ao castelo Monalisa — no distrito de Carlos Alves. Na época, Ortiz era funcionário da Itatiaia Segurança, que pertencia a Edmar Moreira e faliu, deixando dívidas trabalhistas e previdenciárias. Em setembro de 2000, Ortiz vendeu a fazenda por R$ 310 mil ao filho do deputado e, assim, teve um prejuízo de R$ 16 mil. A terra renegociada fazia parte da massa falida de uma empresa que pertencia ao irmão mais velho do deputado e um dos seus maiores desafetos, Elmar Batista Moreira.

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