Ex-colega de Dilma Rousseff na luta armada contra a ditadura, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que a chefe da Casa Civil teria desempenhado papel de pouco destaque na organização clandestina VAR-Palmares, da qual ambos participaram no fim dos anos 60. Presa e torturada pela repressão, Dilma já relatou sua participação no grupo.
Em entrevista publicada da edição deste mês da revista "Playboy", Minc disse que a pré-candidata do PT à sucessão do presidente Lula não participou da mais conhecida ação da organização: levar US$2,6 milhões de um cofre do ex-governador paulista Adhemar de Barros, em julho de 1969. Minc estava entre os militantes que invadiram a casa de Anna Capriglione, suposta amante do governador, em Santa Teresa.
- Posso falar com tranquilidade que ela não participou dessa ação. Eu garanto - disse o ministro.
Perguntado se Dilma liderava a organização, o ministro disse que os relatos sobre a atuação dela são exagerados:
- Realmente não é verdade. Numa certa época nós fomos do mesmo grupo, mas ela não tinha nenhuma proeminência. Como ela é uma pessoa importantíssima, fala-se qualquer coisa sobre ela, que teve participação em determinadas ações, e realmente isso não aconteceu.
Em pelo menos três ocasiões, Dilma afirmou não ter participado do assalto ao cofre