Com os quatro grandes bancos como signatários dos Princípios do Equador, além dos bancos estrangeiros com atuação no país, o mercado procura agora aprofundar os conhecimentos adquiridos nos últimos três anos. Seminário realizado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), em São Paulo, com 16 instituições financeiras discutiu os problemas e os novos desafios para a ampliação dessas práticas.
Para o consultor inglês, Leo Johnson, mediador do evento, o Brasil já atingiu um patamar de destaque no cenário mundial e tem um dos sistemas mais interessantes dentro da ótica dos Princípios (diretrizes que servem para restringir o financiamento em project finance apenas a projetos responsáveis).
"O Brasil é o melhor laboratório para essas práticas e os outros mercados emergentes deveriam olhar para o que está sendo feito aqui", afirma. Segundo ele, a necessidade de crescimento rápido, a falta de uma regulação mais forte do Estado e a abundância de recursos naturais levou o mercado a buscar saídas e substituir o governo na regulação.
Johnson, fundador da Sustainable Finance, destaca que agora já existe até espaço para os bancos médios começarem a olhar para a sustentabilidade. Para ele, os exemplos internacionais mostram que a adoção de princípios sustentáveis em instituições de pequeno porte agrega valor à marca e dão elevado retorno financeiro para os acionistas.
Ele enfatiza que este momento em que esses bancos começam a acessar o mercado de capitais é propício para implantar práticas sustentáveis. Johnson citou o exemplo de um banco romeno de pequeno porte que estava avaliado em 0,88 vezes do valor de mercado. Depois de um trabalho de mudança de visão, o banco conseguiu elevar as captações e ganhou credibilidade. Anos mais tarde, doze bancos disputaram a aquisição da instituição, vencida por um banco austríaco que pagou seis vezes o seu valor.
Já para os grandes bancos, consultor lembra que além dos retornos mais altos conseguido com as empresas socialmente responsáveis, o impacto negativo na marca quando é feito um investimento errado é muito grande. "É muito difícil medir o desempenho de um banco, mas a credibilidade é fundamental".
O diretor do Itaú, Luiz Antonio França, concorda com a avaliação e diz que essas práticas já fazem parte da atuação do banco. "Hoje a necessidade de análise se a empresa é sustentável ou não já faz parte do crédito". O banco mantém uma classificação ambiental das empresas de segmento de médias empresas. Além disso, ele percebe que cada vez mais os projetos de financiamento das empresas são apresentados dentro dos parâmetros necessários, o que facilita a aprovação.
Para a coordenadora do CEBDS, o desafio agora está em disseminar essas práticas para toda a cadeia produtiva ligadas as grandes empresas. A entidade, formada por 50 empresas que juntas representam 40% do PIB brasileiro, estuda também junto com o BNDES a criação de um fundo de investimentos em direitos creditórios (FIDC) para financiar as melhorias ambientais em pequenas e médias empresas dentro dessas cadeias.
Para o consultor inglês, Leo Johnson, mediador do evento, o Brasil já atingiu um patamar de destaque no cenário mundial e tem um dos sistemas mais interessantes dentro da ótica dos Princípios (diretrizes que servem para restringir o financiamento em project finance apenas a projetos responsáveis).
"O Brasil é o melhor laboratório para essas práticas e os outros mercados emergentes deveriam olhar para o que está sendo feito aqui", afirma. Segundo ele, a necessidade de crescimento rápido, a falta de uma regulação mais forte do Estado e a abundância de recursos naturais levou o mercado a buscar saídas e substituir o governo na regulação.
Johnson, fundador da Sustainable Finance, destaca que agora já existe até espaço para os bancos médios começarem a olhar para a sustentabilidade. Para ele, os exemplos internacionais mostram que a adoção de princípios sustentáveis em instituições de pequeno porte agrega valor à marca e dão elevado retorno financeiro para os acionistas.
Ele enfatiza que este momento em que esses bancos começam a acessar o mercado de capitais é propício para implantar práticas sustentáveis. Johnson citou o exemplo de um banco romeno de pequeno porte que estava avaliado em 0,88 vezes do valor de mercado. Depois de um trabalho de mudança de visão, o banco conseguiu elevar as captações e ganhou credibilidade. Anos mais tarde, doze bancos disputaram a aquisição da instituição, vencida por um banco austríaco que pagou seis vezes o seu valor.
Já para os grandes bancos, consultor lembra que além dos retornos mais altos conseguido com as empresas socialmente responsáveis, o impacto negativo na marca quando é feito um investimento errado é muito grande. "É muito difícil medir o desempenho de um banco, mas a credibilidade é fundamental".
O diretor do Itaú, Luiz Antonio França, concorda com a avaliação e diz que essas práticas já fazem parte da atuação do banco. "Hoje a necessidade de análise se a empresa é sustentável ou não já faz parte do crédito". O banco mantém uma classificação ambiental das empresas de segmento de médias empresas. Além disso, ele percebe que cada vez mais os projetos de financiamento das empresas são apresentados dentro dos parâmetros necessários, o que facilita a aprovação.
Para a coordenadora do CEBDS, o desafio agora está em disseminar essas práticas para toda a cadeia produtiva ligadas as grandes empresas. A entidade, formada por 50 empresas que juntas representam 40% do PIB brasileiro, estuda também junto com o BNDES a criação de um fundo de investimentos em direitos creditórios (FIDC) para financiar as melhorias ambientais em pequenas e médias empresas dentro dessas cadeias.