quinta-feira, 31 de maio de 2007

Exportadores contratam mais

A maior inserção das empresas brasileiras no comércio internacional tem provocado uma mudança na estrutura do emprego industrial no país. De acordo com pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), setores voltados para o mercado interno e que exportam em grande escala estão empregando mais gente, enquanto aqueles que sofrem a concorrência externa perdem espaço. De 1996 a 2005, a indústria alimentícia ampliou sua participação no total de empregos do setor de 15,8% para 18,5%. Na outra ponta, quem mais perdeu participação no emprego industrial foi o setor têxtil (que caiu de 5,8% para 4,8% no mesmo período). Nos últimos dois anos, o segmento foi duramente afetado pela valorização do real frente ao dólar e pela concorrência de produtos chineses.

Para o economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, o nível de emprego reflete a situação econômica de cada setor industrial. “Além do mercado interno aquecido, o setor de alimentos exporta para a Ásia, ao passo que o setor têxtil sofre a concorrência da Ásia, principalmente da China. Isso explica essa mudança no mapa do emprego industrial”, avalia.

A Pesquisa Industrial Anual (PIA) do IBGE mostra ainda que, de 1996 para cá, apenas os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro registraram redução no total de empregados na indústria (de 42% para 36,4% e de 7,9% para 5,7%, respectivamente). Todas as demais unidades da Federação aumentaram sua participação, com destaque para Paraná e Santa Catarina. Em 2005, as 147,4 mil empresas industriais brasileiras empregavam 6,4 milhões de pessoas. Desse total, 59,6% trabalhavam em pequenas (5 a 99 funcionários) e médias indústrias (de 100 a 499). Os salários pagos em 2005 somaram R$ 106 bilhões.

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