Entre os 46 suspeitos estão empreiteiros, ex-governador e prefeitos. Brasília A Polícia Federal prendeu ontem 46 pessoas e desmontou uma quadrilha que agia em quatro ministérios (Minas e Energia, Cidades, Transportes e Plenejamento), seis Estados, no Distrito Federal, e em duas Prefeituras. Entre os presos estão o empreiteiro Zuleido Vergas, dono da Construtora Gautama Ltda, apontado como articulador do grupo; dois sobrinhos do governador do Maranhão, Jackson Lago – que também está sendo investigado e só não foi preso porque não havia como pegá-lo em flagrante -, Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior; o ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares; o filho do ex-governador do Sergipe, João Alves, João Alves Neto; o chefe de gabinete do ministro Silas Rondeau, das Minas e Energia, Ivo Almeida Costa; o deputado distrital Pedro Passos, do PMDB; Flávio Pin, superintendente de Produtos da Caixa Ecoñômica Federal; Roberto Figueiredo Guimarães, presidente do BRB, representante do governo do Maranhão no DF e ex-secretário do Tesouro Nacional no governo Fernando Collor; o conselheito do TCE do Sergipe, Flávio Conceição de Oliveira Neto; e, os prefeitos de Camaçari(BA), Luis Caetano, do PT, e de Sinop, Nilton Leitão PSDB), que foi coordenador da campanha do ex-candidato à presidência Geraldo Alckmin.
A grupo estava estruturado em torno da Construtora Gautama Ltda, que funcionava como uma espécie de holding da quadrilha. Através do pagamento de propinas, fraudava licitações e influía na liberação de recursos destinados às obras federais. Zuleido Veras se preparava, segundo apontam gravações telefônicas captadas pela Polícia Federal, para abocanhar uma fatia de recursos que seriam destinados às obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Chamada de Operação Navalha, a ação da polícia não poupou nem mesmo políticos ligados aos partidos da base aliada do governo. "Essa ação sinaliza que a impunidade não existe. As pessoas vão pensar duas vezes antes de fazer de novo", avisou a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, que gerencia os investimentos de R$ 4,5 bilhões que o governo federal de investir no PAC.
A grupo estava estruturado em torno da Construtora Gautama Ltda, que funcionava como uma espécie de holding da quadrilha. Através do pagamento de propinas, fraudava licitações e influía na liberação de recursos destinados às obras federais. Zuleido Veras se preparava, segundo apontam gravações telefônicas captadas pela Polícia Federal, para abocanhar uma fatia de recursos que seriam destinados às obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Chamada de Operação Navalha, a ação da polícia não poupou nem mesmo políticos ligados aos partidos da base aliada do governo. "Essa ação sinaliza que a impunidade não existe. As pessoas vão pensar duas vezes antes de fazer de novo", avisou a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, que gerencia os investimentos de R$ 4,5 bilhões que o governo federal de investir no PAC.
Com 47 mandados de prisão preventiva e 84 mandados de busca expedidos pela ministra Eliana Calmon, os 400 agentes e delegados federais foram à campo às 06h e executaram a maioria das prisões quando os alvos se preparavam para sair de casa. Algemados e levados para as superintendências da PF na Bahia, Mato Grosso, Sergipe, Maranhão, Pauíl, todos seriam transferidos ontem mesmo para Brasília. Pedro Passos foi preso em flagrante e sua libertação deveria ser decidida pela Assembléia Legislativa do DF.
As investigações começaram em novembro do ano passado e ficaram centralizadas no Superior Tribunal de Justiça por envolver os nomes do governador Jackson Lago e o conselheiro do Tribunal de Contas de Sergipe, Flávio Conceição de Oliveira Neto, que foi também chefe da Casa Civil do ex-governador João Alves. A Controladoria Geral da União também participou das investigações, que correram em sigilo. A Polícia Federal acompanhou as atividades do grupo através de monitoramento telefônico e chegou a flagrar o repasse de propinas.