quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Anos e anos depois...Justiça ordena prisão de 6 membros da máfia dos fiscais

Seis envolvidos na Máfia dos Fiscais foram condenados hoje por formação de quadrilha e cobrança de propina. Além da detenção, os funcionários públicos perderam o cargo e tiveram suspensão seus direitos políticos. Os camelôs que pagavam propina à máfia foram absolvidos. A condenação foi dada pela juíza Maria dos Anjos Garcia Alcaraz da Fonseca, da 22ª Vara Criminal de São Paulo.João Melão neto, ficou de fora

A Máfia dos Fiscais foi descoberta em 1998, durante a gestão do ex-prefeito Celso Pitta, quando vários vereadores foram acusados de cobrar propinas de ambulantes e comerciantes nas antigas administrações regionais (as atuais subprefeituras).

Eles foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), por integrarem um esquema de corrupção envolvendo camelôs da região do Brás e fiscais da Subprefeitura da Mooca, na zona leste da capital.

Foram condenados a seis anos de prisão Edson Alves Mosqueira, Felipe Eivazian, Georges Marcelo Eivazian, Leandro Giannasi Severino Ferreira, Nilson Alves de Abreu e Ronaldo Correia da Silva.

As investigações contaram com interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça e flagraram fiscais e assessores lotados na Subprefeitura da Mooca exigindo dinheiro para permitir a ação de vendedores ambulantes e carrinhos de lanche que não possuíam licença da Prefeitura.

De acordo com o Ministério Público, o grupo conseguiu arrecadar, ao longo de 15 meses de atuação, R$ 15,9 milhões mediante a coleta semanal de propina dos ambulantes. No Largo da Concórdia, a quadrilha cobrava semanalmente R$ 1 mil de cada um dos 500 vendedores do local. No Brás, o grupo arrecadava entre R$ 10 e R$ 20 por semana de cada um dos mais de 7 mil vendedores ambulantes da área.

A quadrilha era liderada por Georges Marcelo Eivazian, então assessor do subprefeito da Mooca. Também integrava o grupo o irmão dele, Felipe Eivazian, os fiscais da Prefeitura Edson Alves Mosqueira, Nilson Alves de Abreu e Ronaldo Correia da Silva, e o advogado Leandro Giannasi Severino Ferreira.Estadão

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