quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Uma sucessão muito esquisita

Com a transferência do domicílio eleitoral do deputado Ciro Gomes (PSB) do Ceará para São Paulo, a sucessão paulista está muito esquisita. Do lado dos tucanos, o ex-governador Geraldo Alckmin, favorito em todas as pesquisas, não tem o apoio integral de seu próprio partido. Só com um vereador na Câmara Municipal paulistana e sem parlamentares na Assembléia Legislativa, a situação política de Alckmin é das piores.
A queixa dos tucanos é que se Geraldo Alckmin não estimulou a troca que o vereador Gabriel Chalita fez do PSDB pelo PSB, nada fez para impedir. E com isso só aumentou a resistência que o ex-governador enfrenta no partido. Sem a simpatia do governador José Serra, que prefere ver o chefe da Casa Civil, Aloísio Nunes Ferreira, como candidato ao governo, Alckmin ainda tem contra seu nome o prefeito do DEM, Gilberto Kassab, e todos os serristas.
Do lado do PT, a situação é pior. Com pelo menos seis pretendentes a, o partido anda mal das pernas, porque nenhum deles parece ter cacife para peitar o tucano Alckmin. Embora contrarie interesses dos petistas de São Paulo, eles só terão alguma chance se Ciro Gomes optar pela candidatura ao governo paulista, a pedido de Lula. O problema é que os partidários de Marta Suplicy e Antonio Palocci não concordam com uma candidatura extra PT

Curiosamente, o que está polarizando a sucessão paulista é o confronto entre o "estrangeiro" Ciro Gomes, que trocou o Ceará por São Paulo, e o governador José Serra. Ciro não decidiu se vai se candidatar a presidente da República ou a governador do Estado, mas já está agitando a política paulista, porque seu esporte favorito é alfinetar Serra.

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