Apesar das queixas sobre a possibilidade de o PT não ter candidato próprio no maior colégio eleitoral do País, um grupo de caciques do partido em São Paulo já decidiu que não vai criar nenhum tipo de obstáculo aos planos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de tirar o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) da corrida presidencial. Reunidos no início desta semana na capital paulista, dirigentes da corrente petista Construindo um Novo Brasil, entre eles o ex-ministro José Dirceu e os deputados Antonio Palocci e João Paulo Cunha, acertaram que não vão se opor à candidatura de Ciro ao Palácio dos Bandeirantes em 2010.
Ao mesmo tempo em que ajuda a pavimentar a aliança nacional entre PT e PSB, o acerto foi pensado com o objetivo de enquadrar o grupo da ex-ministra Marta Suplicy, que assumiu nas últimas semanas a dianteira na defesa da candidatura própria do PT ao governo paulista. Ela chegou a afirmar publicamente que a candidatura de Ciro "não tem a ver com São Paulo" e que o PSB "nunca fez um caminho de flores" para o PT no Estado.
Marta tem dito a aliados que não vê motivos para um partido com a dimensão do PT deixar de lançar um nome próprio em São Paulo. Ainda assim, é consenso no grupo da ex-ministra que a decisão final caberá ao presidente Lula.
RECUO
Na prática, o acerto feito pelos líderes petistas na segunda-feira determina que os principais nomes ventilados como possíveis candidatos ao governo estadual se retirem da disputa para apoiar Ciro, caso o deputado decida concorrer no Estado. Além de Palocci, nome endossado por Marta para o Palácio dos Bandeirantes, o prefeito de Osasco, Emidio de Souza, também aderiu ao acerto.
Na segunda-feira, algumas horas depois de participar da conversa com membros da Construindo um Novo Brasil, Emidio reuniu seus aliados para tratar do assunto. Ele pretende divulgar um documento para reafirmar que seu nome está à disposição do partido. Mas o texto dirá também que ele se dispõe a abrir mão da vaga, em prol de uma aliança forte em torno da candidatura de Dilma. "Meu nome continua à disposição, mas não vamos nos opor à montagem de uma aliança como essa", afirmou Emidio. "Se a conjuntura nacional caminhar para um lado, não vai adiantar caminharmos para outro."
No grupo de Marta, ainda persiste o discurso de que Ciro pode optar por não concorrer em São Paulo, dependendo dos desdobramentos dos próximos meses. Há até defensores da tese de que o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que há algumas semanas colocou seu nome à disposição para concorrer ao governo paulista, pode surpreender no resultado das articulações. Defensor da candidatura própria, o líder do PT na Assembleia, deputado Rui Falcão, diz que o quadro no partido continua indefinido. "O PT só vai decidir essas questões no início do ano que vem."
Como dizia Tancredo (ou Ulisses) política é como nuvem, a cada instante, é um cenário novo. Ha. seis meses atrás ninguém apostava um tostão na candidatura de Ciro e hoje esta candidatura demonstra ser competitiva e Ciro passa ser uma das principais peças do tabuleiro eleitoral.
Todos nós, que estamos acompanhando o processo eleitoral de 2010, sabemos da boa relação entre Ciro e Aécio. Se os petistas continuarem rejeitando a candidatura de Ciro, este poderá se aliar o Aécio, e neste caso a eleição se decidirá no primeiro turno. O senador Tasso (PSDB), amigo comum de ambos, poderá alinhavar esta aliança.
Como dizia Tancredo (ou Ulisses) política é como nuvem, a cada instante, é um cenário novo. Ha. seis meses atrás ninguém apostava um tostão na candidatura de Ciro e hoje esta candidatura demonstra ser competitiva e Ciro passa ser uma das principais peças do tabuleiro eleitoral.
Todos nós, que estamos acompanhando o processo eleitoral de 2010, sabemos da boa relação entre Ciro e Aécio. Se os petistas continuarem rejeitando a candidatura de Ciro, este poderá se aliar o Aécio, e neste caso a eleição se decidirá no primeiro turno. O senador Tasso (PSDB), amigo comum de ambos, poderá alinhavar esta aliança.