quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Meirelles cotado para vice de Dilma

O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), afirmou nesta quarta-feira que a filiação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao PMDB, formalizada ontem em cerimônia em Goiânia, amplia as opções para a composição da chapa da pré-candidata petista à sucessão presidencial de 2010, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Apesar de destacar que o futuro político de Meirelles ainda está indefinido, Berzoini diz acreditar que ele tem plenas condições de ocupar a vaga de vice-presidente.

– (O ingresso no PMDB) não é nenhum problema, é uma solução porque passamos a ter mais opções em 2010. Agora, o Meirelles tem uma reserva de possibilidades, ele pode se candidatar ao Senado, ao governo de Goiás, a deputado federal ou a qualquer outra função que for convocado – ponderou o petista. O presidente do PT evitou, contudo, avaliar se a entrada de Meirelles no cenário político compromete as negociações em torno do nome do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que até agora segue como o mais cotado para o cargo de vice. – O nome do Temer é forte não só pela posição que ocupa na presidência da Câmara, mas também pelo trabalho no comando do PMDB nos últimos anos.

Segundo Berzoini, no entanto, a definição de quem ocupará a vice cabe aos líderes do PMDB.

– Essa é uma questão do PMDB, que vai ter que se reunir em um determinado momento e dizer quem vai ser o nome do partido. Isso não cabe ao PT. É óbvio que a candidata vai opinar, mas quando se faz aliança não há espaço para imposição, é preciso buscar o entendimento – defendeu Berzoini.

O ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, também disse ontem que Meirelles tem “legitimidade política” para desejar o que achar melhor para ele, inclusive ser vice em uma chapa encabeçada por Dilma.

– Ele tem condições extraordinárias para ser vice, para ser ministro, governador, deputado, ser o que pretender ser – afirmou.



Filiação

Recebido na capital de seu estado natal em clima de comício, Meirelles, procurou afastar a possibilidade de futura ingerência política em sua atuação à frente do banco durante a cerimônia de filiação nesta quarta-feira. Na chegada ao diretório regional do partido, Meirelles foi recebido por líderes e militantes do PMDB goiano ao som de rojões.

Apesar de o ato elevar as expectativas de uma eventual candidatura de Meirelles nas eleições de 2010, o presidente do Banco Central reafirmou que ainda não decidiu sequer se disputará algum cargo eletivo. Ele ressaltou que continuará focado em seu trabalho à frente do BC pelo menos até março do ano que vem, quando pretende tirar uma licença para tomar a decisão.

– Em março, tiro 15 dias de licença para me dedicar a esse assunto – prometeu. – Não sou candidato a nada neste momento. Vou continuar 100% focado no BC até pelo menos março de 2010. Não vou participar da política partidária com certeza até março de 2010.

Em um recado direcionado para acalmar expectativas do mercado, Meirelles assegurou também que, se deixar o comando do banco, o rumo da instituição e a manutenção da estabilidade econômica terão a garantia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

– O presidente Lula certamente tem compromisso com a estabilidade – argumentou.

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