A mineradora Vale obteve um lucro líquido de R$3,003 bilhões (cerca de US$1,711 bilhões) no terceiro trimestre deste ano, 61,3% menos que no mesmo período de 2008, informou hoje a empresa.
Este resultado dobrou o lucro do segundo trimestre e contribuiu para reduzir a diferença com o lucro do ano passado, nos momentos prévios à crise, segundo um comunicado divulgado pela empresa.
Nos nove primeiros meses do ano, o lucro da maior exportadora de ferro do mundo somaram R$7,620 bilhões (cerca de US$4,341 bilhões), 59,5% menos que entre janeiro e setembro de 2008.
No terceiro trimestre, os ingressos operacionais brutos ascenderam a R$13,582 bilhões (cerca de US$7,739 bilhões), com uma diminuição de 36,5% com relação ao mesmo período do ano anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, medido pelo indicador de caixa Ebitda, ascendeu a R$4,583 bilhões ou US$2,611 bilhões, com uma queda de 54,7% com relação ao terceiro trimestre do ano anterior.
No trimestre, a Vale realizou investimentos por US$3,326 bilhões e, no cômputo do ano, alcançou os US$8,9 bilhões de dólares, dos que US$2,9 bilhões correspondem a aquisições e os US$6 bilhões restantes a execução de projetos, manutenção de operações e pesquisa e desenvolvimento.
A empresa brasileira faturou US$13,582 bilhões por suas exportações entre julho e setembro, com uma queda de 36,5%, segundo o balanço.
No entanto, os embarques de minério de ferro, sua principal unidade de negócio, ascenderam a 75 milhões de toneladas métricas, com um aumento de 35,9% em relação ao trimestre anterior, o que mostra que "a recessão global está chegando ao fim a um ritmo mais rápido que o esperado", segundo a empresa.
A gigante mineradora considerou que a forte expansão da demanda por minerais e metais respondeu não só ao processo de recuperação do nível dos armazéns, mas ao aumento da demanda final, com a recuperação econômica, particularmente nos mercados emergentes, os principais clientes destes produtos.
Como consequência, o preço dos metais subiu "substancialmente" com saltos importantes no níquel, que impulsionou seu valor em 80% entre outubro de 2008 e o final do setembro passado e o minério de ferro, que no mesmo lapso registrou uma alta de 53%.