Na véspera da escolha da cidadesede dos Jogos Olímpicos de 2016, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou sua trajetória política à campanha do Rio. Ele afirmou que, assim como ele precisou superar a desconfiança para se tornar o primeiro operário a alcançar a presidência do Brasil, o Rio também vai provar que é possível realizar uma Olimpíada na América do Sul pela primeira vez.
Em Copenhague para defender a candidatura carioca, Lula acrescentou que seu discurso aos membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) antes da votação vai exaltar "o momento mágico" atravessado pela economia do país. O presidente disse que desta vez é o Brasil que vai entoar o lema "Sim, nós podemos", usado na campanha de Barack Obama à presidência dos EUA. Obama chegará, hoje, pouco antes da votação a Copenhague, para defender Chicago, seu berço político.
- Penso que é o mesmo tipo de convencimento - disse Lula, comparando a campanha do Rio com a sua própria chegada à presidência, em 2003, após ter sido derrotado em três campanhas presidenciais. - Aqui a história se repete. Temos os Jogos Olímpicos muito marcados por serem feitos em países desenvolvidos...
muitas Olimpíadas no continente europeu e muitas nos Estados Unidos. Queremos mostrar que o Brasil é o único país entre as 10 economias do mundo que nunca realizou uma Olimpíada. O Rio, pela primeira vez na reta final de uma candidatura olímpica após duas tentativas frustradas para 2004 e 2012, trava com Madri, Chicago e Tóquio uma das mais apertadas disputas olímpicas dos últimos anos, em que, segundo o presidente, "pela primeira vez todo mundo quer ser o pai da criança".
O papel do presidente é considerado chave na campanha da cidade, especialmente porque Chicago - vista por sites especializadas como favorita ao lado do Rio - terá o apoio de Barack Obama, que passará apenas três horas na capital dinamarquesa. Lula chegou na quarta-feira.
Lula inclusive usou o famoso slogan da campanha presidencial de Obama, "Sim, nós podemos (Yes, we can)" para descrever o sentimento de mudança defendido pela candidatura brasileira.
- Queremos dizer ao mundo que nós podemos. Nós nunca dissemos.
No Brasil estávamos habituados a dizer nós não podemos, somos pobres, como se fôssemos cidadãos inferiores. Mas desta vez queremos olhar para o mundo e dizer: "Sim, nós podemos e vamos realizar essa Olimpíada" - disse Lula, numa concorrida entrevista no hotel que serve de base para a delegação brasileira na capital dinamarquesa.
Um dos trunfos da candidatura brasileira está no momento econômico do Brasil, que foi um dos últimos países a sofrer as conseqüências da crise econômica global e um dos primeiros a apresentar sinais de recuperação.
Segundo o presidente, a realização dos Jogos Olímpicos se encaixa com o plano de investimento em infraestrutura no país através do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e ainda contará com obras que já estarão prontas para a Copa do Mundo que acontecerá dois anos antes no Brasil.
- Todo mundo que acompanha a economia sabe que o Brasil está hoje numa situação mais favorável que muitos países desenvolvidos - disse. - Enquanto muitos países do mundo vivem o desemprego, nós vamos chegar este ano a 1 milhão de novos postos de trabalho, contra milhões de desempregados no mundo todo. A Olimpíada virá apenas a nos forçar a fazer mais coisas do que já estávamos prevendo fazer. Só os investimentos em infraestrutura neste momento chegam a US$ 359 bilhões (R$ 640 bilhões).
Até pré-sal no discurso O presidente também citou as descobertas de reservas de petróleo na camada do pré-sal como fonte de recursos para investimentos em infraestrutura no país.
Mostrando-se bastante confiante na candidatura brasileira - disse inclusive que não trabalha com a hipótese de o Rio perder - o presidente afirmou que nenhuma concorrente apresentou uma proposta tão boa quanto a da cidade e que há bastante tempo até os Jogos para melhorar o que for preciso.
- Ninguém apresentou um projeto da magnitude que nós apresentamos e com a consistência que nós apresentamos - disse o presidente Lula. - Não vou falar da beleza do Rio, das qualidades do povo do Rio, vou apenas dizer que o Brasil e a América do Sul estão querendo pegar essa oportunidade com unhas e dentes para que a gente possa levar pela primeira vez para o continente a possibilidade de realizar uma Olimpíada.
Ainda ontem, Lula reuniu-se com o presidente do COI, o belga Jacques Rogge, e entregou a cópia do projeto de criação do Ato Olímpico.
Trata-se de um conjunto de 64 garantias do governo federal ligadas à realização da Olimpíada no país. O Ato foi aprovado pelo Senado, no mês passado, e pela Câmara, em junho. O documento prevê, por exemplo, a criação de agência reguladora de transporte e tráfego durante os Jogos e investimentos da União se o comitê organizador necessitar.
Lula também fez o trabalho de corpo-a-corpo com delegados do COI que irão votar, hoje, na sessão que decidirá a sede olímpica. O presidente repetiu o que fez, nos últimos dois anos, em todas as reuniões e cúpulas de que participou.
Presidente diz que força emergente do Brasil justifica a escolha do Rio como sede de 2016
Queremos dizer ao mundo que nós podemos. Nós nunca dissemos. No Brasil estávamos habituados a dizer nós não podemos, somos pobres, como se fôssemos cidadãos inferiores.
Queremos dizer: "Sim, nós podemos" Luiz Inácio Lula da Silva "
Em Copenhague para defender a candidatura carioca, Lula acrescentou que seu discurso aos membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) antes da votação vai exaltar "o momento mágico" atravessado pela economia do país. O presidente disse que desta vez é o Brasil que vai entoar o lema "Sim, nós podemos", usado na campanha de Barack Obama à presidência dos EUA. Obama chegará, hoje, pouco antes da votação a Copenhague, para defender Chicago, seu berço político.
- Penso que é o mesmo tipo de convencimento - disse Lula, comparando a campanha do Rio com a sua própria chegada à presidência, em 2003, após ter sido derrotado em três campanhas presidenciais. - Aqui a história se repete. Temos os Jogos Olímpicos muito marcados por serem feitos em países desenvolvidos...
muitas Olimpíadas no continente europeu e muitas nos Estados Unidos. Queremos mostrar que o Brasil é o único país entre as 10 economias do mundo que nunca realizou uma Olimpíada. O Rio, pela primeira vez na reta final de uma candidatura olímpica após duas tentativas frustradas para 2004 e 2012, trava com Madri, Chicago e Tóquio uma das mais apertadas disputas olímpicas dos últimos anos, em que, segundo o presidente, "pela primeira vez todo mundo quer ser o pai da criança".
O papel do presidente é considerado chave na campanha da cidade, especialmente porque Chicago - vista por sites especializadas como favorita ao lado do Rio - terá o apoio de Barack Obama, que passará apenas três horas na capital dinamarquesa. Lula chegou na quarta-feira.
Lula inclusive usou o famoso slogan da campanha presidencial de Obama, "Sim, nós podemos (Yes, we can)" para descrever o sentimento de mudança defendido pela candidatura brasileira.
- Queremos dizer ao mundo que nós podemos. Nós nunca dissemos.
No Brasil estávamos habituados a dizer nós não podemos, somos pobres, como se fôssemos cidadãos inferiores. Mas desta vez queremos olhar para o mundo e dizer: "Sim, nós podemos e vamos realizar essa Olimpíada" - disse Lula, numa concorrida entrevista no hotel que serve de base para a delegação brasileira na capital dinamarquesa.
Um dos trunfos da candidatura brasileira está no momento econômico do Brasil, que foi um dos últimos países a sofrer as conseqüências da crise econômica global e um dos primeiros a apresentar sinais de recuperação.
Segundo o presidente, a realização dos Jogos Olímpicos se encaixa com o plano de investimento em infraestrutura no país através do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e ainda contará com obras que já estarão prontas para a Copa do Mundo que acontecerá dois anos antes no Brasil.
- Todo mundo que acompanha a economia sabe que o Brasil está hoje numa situação mais favorável que muitos países desenvolvidos - disse. - Enquanto muitos países do mundo vivem o desemprego, nós vamos chegar este ano a 1 milhão de novos postos de trabalho, contra milhões de desempregados no mundo todo. A Olimpíada virá apenas a nos forçar a fazer mais coisas do que já estávamos prevendo fazer. Só os investimentos em infraestrutura neste momento chegam a US$ 359 bilhões (R$ 640 bilhões).
Até pré-sal no discurso O presidente também citou as descobertas de reservas de petróleo na camada do pré-sal como fonte de recursos para investimentos em infraestrutura no país.
Mostrando-se bastante confiante na candidatura brasileira - disse inclusive que não trabalha com a hipótese de o Rio perder - o presidente afirmou que nenhuma concorrente apresentou uma proposta tão boa quanto a da cidade e que há bastante tempo até os Jogos para melhorar o que for preciso.
- Ninguém apresentou um projeto da magnitude que nós apresentamos e com a consistência que nós apresentamos - disse o presidente Lula. - Não vou falar da beleza do Rio, das qualidades do povo do Rio, vou apenas dizer que o Brasil e a América do Sul estão querendo pegar essa oportunidade com unhas e dentes para que a gente possa levar pela primeira vez para o continente a possibilidade de realizar uma Olimpíada.
Ainda ontem, Lula reuniu-se com o presidente do COI, o belga Jacques Rogge, e entregou a cópia do projeto de criação do Ato Olímpico.
Trata-se de um conjunto de 64 garantias do governo federal ligadas à realização da Olimpíada no país. O Ato foi aprovado pelo Senado, no mês passado, e pela Câmara, em junho. O documento prevê, por exemplo, a criação de agência reguladora de transporte e tráfego durante os Jogos e investimentos da União se o comitê organizador necessitar.
Lula também fez o trabalho de corpo-a-corpo com delegados do COI que irão votar, hoje, na sessão que decidirá a sede olímpica. O presidente repetiu o que fez, nos últimos dois anos, em todas as reuniões e cúpulas de que participou.
Presidente diz que força emergente do Brasil justifica a escolha do Rio como sede de 2016
Queremos dizer ao mundo que nós podemos. Nós nunca dissemos. No Brasil estávamos habituados a dizer nós não podemos, somos pobres, como se fôssemos cidadãos inferiores.
Queremos dizer: "Sim, nós podemos" Luiz Inácio Lula da Silva "