O PT paulista começou ontem a se articular para construir uma candidatura própria ao governo do Estado de São Paulo. A ideia é ter ainda este ano um nome para ser colocado na mesa de negociação com os aliados no início de 2010. Por enquanto, os pretendentes são o senador Eduardo Suplicy, a ex-ministra Marta Suplicy, o prefeito de Osasco, Emídio de Souza, os deputados federais Arlindo Chinaglia e Antonio Palocci, e o ministro da Educação, Fernando Haddad.
O encontro foi uma resposta imediata às movimentações do PSB estadual, que promoveu uma agressiva campanha de filiação de personalidades para alavancar uma candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. No saldo final, o partido trabalha com três nomes: o deputado federal Ciro Gomes, o vereador paulistano Gabriel Chalita e o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. "Não dá para lideranças do PSB afirmarem que o partido terá candidato independentemente do PT. É uma postura inábil", disse o presidente do PT-SP, Edinho Silva.
Os petistas avaliam que é necessário construir um nome na legenda sem fechar as portas para qualquer aliado. O receio é de que se Ciro se lançar à Presidência da República no próximo ano, o partido não tenha um nome viável a quem apoiar tampouco para lançar à sucessão paulista. Até mesmo o apoio a Ciro no Estado é dúvida.
"O Ciro mudou o domicílio eleitoral para São Paulo mas declara que prefere a candidatura a presidente. Precisamos nos preparar desde já, construir um calendário sem fechar as portas para os aliados", afirma o presidente nacional da sigla, deputado Ricardo Berzoini, que colocou algumas ressalvas a serem observadas em uma possível aliança com o PSB: "Tem muitos setores do PSB aliados ao governo do Estado aqui".
Outras lideranças, como Marta Suplicy, foram mais contundentes. "Estamos chegando a percepção de que a candidatura Ciro não tem nada a ver com São Paulo. O PSB nunca fez caminho das flores para o PT aqui", disse a ex-ministra, que defende a candidatura Palocci. "Para aprovar o Ciro temos que saber como o PSB vai estar em nível nacional. Nas últimas eleições eles não se coligaram formalmente conosco", disse Edinho.
Os principais defensores da aliança com Ciro Gomes foram os emissários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autor da idéia: o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante, e na Câmara, Candido Vaccarezza. Palocci defendeu que o nome de Ciro deve ser considerado em se tratando de uma aliança com o PSB.
Embora haja dúvida, a aliança com o PSB para enfrentar os 16 anos de gestão tucana no Estado só teria chances de ocorrer se Ciro fosse candidato. Paulo Skaf está informalmente descartado pelo PT. "Não podemos vetar nenhum nome, mas o Ciro tem mais sensibilidade dentro de setores do PT. Ninguém falou em abrir diálogo com o PSB sendo o Skaf candidato", disse Edinho.
De acordo com ele, a atuação pró-ativa de Skaf pela derrubada da CPMF em dezembro de 2007, percorrendo gabinetes no Senado e organizando manifestações, é o principal motivo. Sua atuação como estimulador do movimento "Cansei", em julho de 2007, oficialmente "Movimento Cívico pelos Direitos dos Brasileiros", reforça a rejeição interna. "Ele teve posições políticas que se traduzem hoje em resistências ao seu nome. Suas posições geraram descontentamento no PT e no governo", afirmou Edinho.
O encontro foi uma resposta imediata às movimentações do PSB estadual, que promoveu uma agressiva campanha de filiação de personalidades para alavancar uma candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. No saldo final, o partido trabalha com três nomes: o deputado federal Ciro Gomes, o vereador paulistano Gabriel Chalita e o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. "Não dá para lideranças do PSB afirmarem que o partido terá candidato independentemente do PT. É uma postura inábil", disse o presidente do PT-SP, Edinho Silva.
Os petistas avaliam que é necessário construir um nome na legenda sem fechar as portas para qualquer aliado. O receio é de que se Ciro se lançar à Presidência da República no próximo ano, o partido não tenha um nome viável a quem apoiar tampouco para lançar à sucessão paulista. Até mesmo o apoio a Ciro no Estado é dúvida.
"O Ciro mudou o domicílio eleitoral para São Paulo mas declara que prefere a candidatura a presidente. Precisamos nos preparar desde já, construir um calendário sem fechar as portas para os aliados", afirma o presidente nacional da sigla, deputado Ricardo Berzoini, que colocou algumas ressalvas a serem observadas em uma possível aliança com o PSB: "Tem muitos setores do PSB aliados ao governo do Estado aqui".
Outras lideranças, como Marta Suplicy, foram mais contundentes. "Estamos chegando a percepção de que a candidatura Ciro não tem nada a ver com São Paulo. O PSB nunca fez caminho das flores para o PT aqui", disse a ex-ministra, que defende a candidatura Palocci. "Para aprovar o Ciro temos que saber como o PSB vai estar em nível nacional. Nas últimas eleições eles não se coligaram formalmente conosco", disse Edinho.
Os principais defensores da aliança com Ciro Gomes foram os emissários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autor da idéia: o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante, e na Câmara, Candido Vaccarezza. Palocci defendeu que o nome de Ciro deve ser considerado em se tratando de uma aliança com o PSB.
Embora haja dúvida, a aliança com o PSB para enfrentar os 16 anos de gestão tucana no Estado só teria chances de ocorrer se Ciro fosse candidato. Paulo Skaf está informalmente descartado pelo PT. "Não podemos vetar nenhum nome, mas o Ciro tem mais sensibilidade dentro de setores do PT. Ninguém falou em abrir diálogo com o PSB sendo o Skaf candidato", disse Edinho.
De acordo com ele, a atuação pró-ativa de Skaf pela derrubada da CPMF em dezembro de 2007, percorrendo gabinetes no Senado e organizando manifestações, é o principal motivo. Sua atuação como estimulador do movimento "Cansei", em julho de 2007, oficialmente "Movimento Cívico pelos Direitos dos Brasileiros", reforça a rejeição interna. "Ele teve posições políticas que se traduzem hoje em resistências ao seu nome. Suas posições geraram descontentamento no PT e no governo", afirmou Edinho.