quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Com Fruet, disputa deve ir ao 2º turno


A confirmação de que o tucano Gustavo Fruet (PSDB-PR) disputará de fato a presidência da Câmara embolou o jogo sucessório e praticamente assegurou que a disputa será decidida apenas no segundo turno. Fruet conseguiu unir em torno de si o PSDB, que já tinha anunciado apoio Arlindo Chinaglia (PT-SP), interrompendo, desta forma, uma sucessão de vitórias políticas obtidos pelo petista. Também tende a esvaziar um pouco os votos destinados a Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que contava com defecções nas hostes tucanas.

A decisão do PSDB, contudo, tem como efeito principal pulverizar os votos em plenários e retirar da legenda o incômodo em relação à decisão anterior do líder tucano Jutahy Júnior (BA) em apoiar o PT. Graças a consultas telefônicas, Jutahy definiu o apoio do PSDB a Chinaglia para a presidência da Câmara, em respeito ao princípio da proporcionalidade. Até o momento, contudo, as lideranças das campanhas de Aldo e Chinaglia não vislumbram um cenário de segundo turno sem a sua presença. Os dois não acreditam que a candidatura de Fruet avance.

Para o presidente do PCdoB, Renato Rabelo (SP), o cenário favorece Aldo. Segundo ele, todos os apoios obtidos pelo atual presidente da Câmara já estão consolidados. O partido estuda formar um bloco com PSB, PMN, alcançando 43 deputados, tirando o espaço para que o bloco do PR reivindique a quarta secretaria para Inocêncio Oliveira (PL-PE), minando, desta forma, o apoio do baixo clero à candidatura Chinaglia. Além disso, Rabelo acha pouco provável que o PFL, sufocado nos últimos anos pelo PSDB e que vislumbrou no apoio a Aldo uma oportunidade de demarcar posição, retire a parceria e volte a marchar ladeado com os tucanos.

Para a petista Maria do Rosário (RS), mesmo sem o apoio formal do PSDB, Chinaglia estará no segundo turno. A exemplo de Renato Rabelo, acredita que o adversário será Aldo. Lembra que a maior parte da bancada governista fechou apoio ao petista, o que amplia o horizonte de alianças do atual líder do governo o suficiente para descartar a pecha de "candidato petista". Sobre a disputa em segundo turno, confiança aliada com cautela em relação às conhecidas surpresas de plenário. "Nas eleições na Câmara, temos sempre que tomar cuidado e ter muita atenção com todos os detalhes", ensinou a petista, que integra a mesma tendência de Chinaglia - Movimento PT.


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