domingo, 14 de janeiro de 2007

Poder de bolso cheio


O STF compõe o Poder Judiciário e tem o teto salarial mais elevado do governo. São R$ 24,5 mil mensais brutos que cada um dos 11 ministros pode chegar a receber. Para se alcançar a instância que decide sobre questões constitucionais é preciso ser indicado pelo presidente da República e ter o nome aprovado pelo Senado Federal, além de ser renomado na área, é claro.

E por falar em presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganha praticamente três vezes menos que um ministro do Supremo. Desde 2003 sem aumento salarial, o petista recebe R$ 8,9 mil. Descontados Imposto de Renda e outros tributos, fica com algo em torno de R$ 6 mil líquidos ou um pouco menos.

E por falar em despesas, quem realmente sangra os cofres públicos são deputados federais e senadores. Manter o Congresso Nacional funcionando alguns dias por mês custa caríssimo. Cada deputado onera o contribuiente em quase R$ 100 mil a cada 30 dias, enquanto os senadores levam um pouco mais, R$ 128 mil.

O salário bruto dos congressistas não passa de R$ 12,7 mil, mas tem as vantagens, e que vantagens! Fica até difícil enumerar todas. Vamos às principais. Os dois têm verba de gabinete (que pode chegar a R$ 50 mil) para contratação de funcionários, indenizatória (R$ 15 mil), dinheiro para combustível, correios, auxílio-moradia.

Senador ainda tem mais R$ 34 mil para contratar cinco secretários. Cada um pode chegar a ganhar R$ 6 mil. Tá achando muito? Tem mais. Os parlamentares recebem ainda até 15 salários por ano e tiram férias duas vezes (em julho e janeiro). Isso sem falar que o “expediente” em Brasília é de terça a quinta-feira.

Voltando ao Judiciário, os vencimentos de juízes e promotores (procuradores) também não ficam muito atrás. A diferença é que para fazer carreira nestas duas áreas precisa passar num concurso dificílimo, ser formado em Direito e trabalhar no mínimo dez horas por dia, sábados, domingos e até feriados.

Um juiz ou procurador federal chega a receber até R$ 21,5 mil mensais. São responsáveis pelas ações gerais de interesse da União, das autarquias ou de empresas federais públicas. Juízes e promotores estaduais ganham um pouco menos, R$ 19 mil, e atribuições diferentes: ações comuns, como divórcios, crimes, fraudes etc.

Já o procurador do Estado, encarregado da representação judicial e extrajudicial do Estado de Goiás, recebe um pouco menos, R$ 8,4 mil.

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