A Força Nacional de Segurança Pública vai começar a atuar nas divisas do Estado do Rio a partir de quinta ou sexta-feira, disse ontem o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. O objetivo é impedir a entrada de drogas e armas no Rio, numa tentativa de sufocar o narcotráfico.
Os cerca de 500 homens se concentrarão em 19 pontos do Estado e devem chegar à região metropolitana do Rio até o início dos Jogos Pan-americanos, em julho. "Do meio para o fim da semana eles começam a operar. Até lá ficarão em treinamento no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cefap) da Polícia Militar, em Sulacap", disse Beltrame, após participar de uma reunião com o governador do Estado do Rio, Sérgio Cabral Filho, e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, no Palácio Guanabara, para a instauração do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) do Rio de Janeiro. A apresentação dos homens da Força Nacional está marcada para hoje.
O subsecretário operacional de Segurança Pública do Estado, Roberto Sá, descartou o uso das Forças Armadas no patrulhamento das redondezas de unidades militares, como havia proposto o governador do Rio, Sérgio Cabral, logo após ser empossado, no início do ano. Segundo Sá, o uso das Forças Armadas, neste momento, é inviável. "Isso não está fora dos planos, mas depende de alterações constitucionais e legais", afirmou. Sá acrescentou que a Força Nacional de Segurança Pública não deve atuar nas favelas do Rio.
Segundo o ministroThomas Bastos, o dinheiro do governo federal transferido para a segurança dos Jogos Pan-americanos ficará no Estado após o evento. "O dinheiro do Pan ficará ? arraigado ? na segurança do Rio em equipamentos e tecnologia", comentou.
O Ministério da Justiça doou seis carros ao Estado do Rio para serem usados no transporte de presidiários. "Essa doação é um ponto de partida do estreitamento das nossas relações, da integração, da cooperação, da troca de informações e do trabalho conjunto que vai presidir as relações do governo federal e do governo do Estado do Rio no próximo quadriênio", disse Bastos.
