Durante 11 horas a liberdade de Daniel Dantas – motivo de polêmica entre juristas e políticos. De volta à prisão sob novas provas de que tentou subornar um delegado, o banqueiro perdeu dinheiro: os saques do Opportunity já somam R$ 1 bilhão. Do Vietnã, Lula avisou: “Quem achar que pode viver de picaretagem algum dia vai cair”. O presidente do STF, Gilmar Mendes, liberou Celso Pitta, Naji Nahas e nove pessoas.
A notícia do envolvimento dos diretores do Banco Opportunity , de Daniel Dantas, em operações ilegais denunciadas pela Polícia Federal continua impactando a captação dos fundos de investimento do banco. Segundo informações divulgadas no site da instituição, até o fechamento de 9 de julho, o saldo das movimentações realizadas por clientes em todos fundos administrados pelo banco foi de cerca de 6,2% do patrimônio total administrado, de cerca de R$ 17 bilhões segundo dados da Associação nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), o que equivale a saques de cerca de R$ 1 bilhão.
O diretor da Opportunity Asset Management, Dório Ferman, preso na operação Satiagraha promovida pela Polícia Federal foi liberado ontem após concessão de habeas-corpus pelo Supremo Tribunal Federal, e deve reassumir hoje o comando da gestão dos fundos. O executivo foi preso na última terça-feira junto com o sócio-fundador do grupo, Daniel Dantas, e outros nove executivos e diretores da instituição financeira, acusados de crime financeiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Interinidade
A gestão dos fundos, após a prisão preventiva de Ferman, estava sob a supervisão de Afonso Bevilaqua, ex-diretor de Política Econômica do Banco Central, que havia entrado para o grupo em agosto do ano passado. Além de Bevilaqua, a gestora conta também com o diretor de gestão Felipe Pádua e do diretor comercial, Fernando Rodrigues.
