segunda-feira, 13 de novembro de 2006

SP vai começar a definir pedágio no Rodoanel em reunião


A cobrança de pedágio no Rodoanel Mário Covas vai ser discutida amanhã pelo conselho diretor do Programa Estadual de Desestatização (PED) do governo de São Paulo. Será o primeiro passo para a nova administração estadual, que assume em janeiro, definir número de praças, tipo de cobrança e o valor da tarifa para os motoristas que usarem a pista expressa. Estudo completo sobre o pedágio será apresentado aos conselheiros.

O projeto do Rodonael concebido em 1997 prevê a cobrança de pedágio no valor de US$ 2, equivalente a R$ 4,50. Mas o cálculo deve ser refeito, pois a projeção já tem nove anos e o governo estadual pode adotar sistema de concessão ou Parceria Público-Privada (PPP) para a construção e gestão da via.


O trecho oeste já em operação, que liga a Estrada Velha de Campinas à Rodovia Régis Bittencourt, com 32 quilômetros, tem área definida para construção de praças de pedágio. Falta apenas a desapropriação. Para o trecho sul, com 57 quilômetros e obras no início, que ligará a Régis à cidade de Mauá, passando pelo sistema Anchieta/Imigrantes, também há a previsão de pedágio.


Modelo


A reunião de amanhã no conselho diretor do PED indicará a definição do modelo de pedagiamento: se será pedágio sombra - com tarifa única para todo o trecho independentemente da quilometragem - ou se haverá cobrança em todas as entradas e saídas do Rodoanel. O trecho oeste possui seis entradas e saídas e o sul terá três.


No governo, informa-se apenas que a decisão deve ser tomada pelo próximo governador, José Serra (PSDB), que já se manifestou favorável à cobrança de pedágio no Rodoanel. Cláudio Lembo (PFL) também é a favor, para acelerar a conclusão do trecho sul. "Acho impossível uma obra desse porte sem dinheiro privado. Sou favorável ao pedágio", disse Lembo.


Ulysses Carraro, diretor-geral da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), responsável pelas concessões em estradas no Estado, disse desconhecer o estudo que será analisado na reunião do PED, mas que, devido ao Rodoanel ser uma via bloqueada (com poucos acessos), o modelo de pedagiamento a ser adotado pode imitar o de vias expressas bloqueadas nos Estados Unidos e na Europa. "Em estradas bloqueadas há entradas e saídas controladas e cobrança quilométrica pura. Como no Rodoanel o número de saídas é menor, há possibilidade de se medir o trecho percorrido e cobrar por quilômetro andado", explicou.


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