terça-feira, 7 de novembro de 2006

A todo vapor


Bovespa se aproxima de recorde histórico, ao fechar em 41.246 pontos, em alta de 2,01%. Analistas crêem que as perspectivas são favoráveis até o fim do ano, com espaço para valorização de pelo menos mais 10%

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) atingiu ontem o nível mais alto dos últimos seis meses e está muito próxima de superar seu recorde histórico, de 41.979 pontos. Embalada pelo fim das eleições presidenciais, pela queda dos juros, pelos excelentes resultados das principais empresas brasileiras e pelas perspectivas positivas em relação ao segundo mandato de Lula, cuja prioridade deverá ser o crescimento econômico, a bolsa paulista cravou os 41.246 pontos, subindo 2,01% em relação à sexta-feira. O movimento financeiro totalizou R$ 3 bilhões. Somente neste mês, a Bovespa acumula elevação de 5%. E, desde o início de outubro, quando começou a recuperar o fôlego, subiu 13,2%.

“Os gráficos apontam que há espaço para pelo menos mais 10% de valorização do Ibovespa (índice que mede a lucratividade das ações mais negociadas no pregão) até as última semanas de dezembro. E não será surpresa se a bolsa paulista fechar 2006 no patamar recorde de 44 mil pontos”, “As taxas de juros vão continuar caindo ao longo de 2007, incentivando os investimentos produtivos e o consumo das famílias, fundamentais para manter o lucro das empresas”, emendou

Na avaliação de Marcelo Elaiuy, diretor financeiro do Banco Credibel, a forte valorização da Bovespa nos últimos dias decorre de um processo de correção de preços. Desde maio, quando a bolsa paulista atingiu seu ápice, o país foi sacudido por sucessivas crises políticas e pelo processo eleitoral. A despeito de os indicadores do mercado não sinalizarem o desconforto dos investidores, a Bovespa recuou, não acompanhando o forte processo de alta das principais bolsas do mundo — Nova York e Londres registraram sucessivos recordes no mês passado. “Felizmente, o processo de eleição acabou e, mesmo com as dúvidas sobre a futura equipe econômica de Lula e o eterno confronto entre monetaristas e desenvolvimentistas, o clima é de tranqüilidade.

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