terça-feira, 5 de agosto de 2008

Brasil tem 3% do volume mundial


Nos sete primeiros meses do ano, o volume de fusões e aquisições (M&A) envolvendo empresas brasileiras quase superou o de transações de todo o exercício de 2007. Conforme dados da Thomson Reuters, de janeiro a julho deste ano o volume somou US$ 57,15 bilhões, quando no ano passado atingiu o resultado recorde de US$ 58,12 bilhões no País. Só no mês de julho, o volume de fusões e aquisições no Brasil somou US$ 7,58 bilhões. Comparado com igual período de 2007, o valor de fusões e aquisições no Brasil aumentou 83,94% acompanhando o momento favorável para os negócios na América Latina, que avançou 92,55% na comparação do mesmo período.

Os 10 maiores bancos de investimento foram responsáveis pela assessoria de US$ 174,7 bilhões em transações, lideradas por Credit Suisse, Citi, Rothschild e Itaú. . A principal alteração no ranking nacional foi o salto do Goldman Sachs, que com três novos negócios passou do sétimo lugar até o mês de junho para o quinto lugar até julho último.

No âmbito global, a maior transação no último mês foi a compra da companhia norte-americana de bebidas Anheuser-Bush pela belgo-brasileira Inbev, por cerca de US$ 50 bilhões. A Inbev, que surgiu da fusão entre a belga Interbrew e a brasileira Ambev, foi assessorada pelos bancos de investimento Lazard, JPMorgan, Deutsche Bank e BNP Paribas, enquanto a Anheuser foi assessorada pelo Goldman Sachs, Citi e Moelis&Co.. Quatro envolvidos - Goldman Sachs, JP Morgan, Citi e Deutsche Bank, nesta ordem - ocupam a liderança no ranking mundial de M&A.

Ainda assim, no comparativo com o mesmo período de 2007, o volume global registra retração de 32,01%. O movimento oposto contribuiu para aumentar a participação do Brasil no volume global. Nos sete meses de 2007, era de 1% e este ano quase triplicou, com fatia de 3%. "Pela primeira vez estamos positivamente na contramão do mundo", diz Raul Beer, sócio da PricewaterhouseCoopers. "Nunca estivemos tão ocupados, da assessoria direta nas negociações à diligência e planejamento tributário."

Para Beer, a tensão mundial quanto à inflação e desaquecimento econômico é sentida em setores mais "nervosos", como bolsa de valores e câmbio. "O mercado de IPOs está desaquecido, mas ainda representa pouco nas transações de fusão e aquisição, por isso não afeta os negócios. Com a volatilidade, companhias tendem a buscar alternativas para ganhar mercado."

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