segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Para que servem os debates?


Do que se viu e ouviu dos candidatos a prefeito de São Paulo, no debate da TV Bandeirantes, semana passada, fica a impressão de que esses encontros não têm muita utilidade para o esclarecimento dos eleitores. Mostram que eles não alteram em nada a ordem das coisas. Não acrescentam o mínimo sobre o entendimento que as pessoas têm dos políticos que se propõem a administrar a maior e mais importante cidade do país. E o pior: servem apenas para constatar que não existe campanha eleitoral.

O eleitor que ouve Paulo Maluf (PP) dizer que foi absolvido de seus processos pelo Supremo Tribunal Federal, quando na verdade está solto porque o STF concedeu um habeas-corpus para ele responder às acusações em liberdade, reforça a certeza de que fica cada vez mais difícil acreditar nos políticos. O caradurismo malufista é assustador. E só acredita nele quem quer continuar a ser enganado.

Marta Suplicy (PT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) não ficaram muito atrás com seus exageros e invenções. A petista garantiu que deixou R$ 340 milhões no caixa quando foi prefeita, mas os cálculos do Tribunal de Contas do Município apontaram um buraco de R$ 700 milhões. Disse que informatizou toda a área de saúde, mas implantou o sistema apenas na Lapa.

O tucano, que foi governador, disse que São Paulo está acima da média na educação básica, quando é justamente o contrário. Foi o Estado que mais aprovou, mas por causa da progressão continuada, isto é, da aprovação automática, pela qual os estudantes passam de ano sem aprender. E o demista inventa que está construindo 57 corredores de ônibus na cidade, quando está fazendo apenas 1.
E por aí vai.

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