Duas boas notícias surgiram na sexta-feira no front inflacionário. Com a alta mais fraca das cotações de alimentos, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho subiu 0,53%, uma desaceleração razoável em relação ao 0,74% de junho. A primeira prévia de agosto do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), por sua vez, registrou deflação de 0,01%, influenciada pela forte queda dos produtos agropecuários, de 2,91%.
Indicador que serve de referência para o regime de metas, o IPCA atingiu 6,37% nos 12 meses até julho, número próximo aos 6,5% do teto da banda de tolerância. O grupo alimentação teve alta de 1,05%, bem abaixo dos 2,11% do mês anterior. Com o resultado do IPCA de julho, o Credit Suisse reduziu a sua previsão para a alta do indicador em 2008 de 6,7% para 6,4% - ou seja, abaixo do teto da meta. "A dinâmica recente dos preços dos alimentos indica que a deterioração da inflação dos últimos meses não tende a ter continuidade no curto prazo", escrevem os economistas do banco, em relatório. No ano, os alimentos já subiram 9,78%.
O recuo dos preços das commodities no mercado internacional começou a se refletir nos preços agropecuários do IGP-M. A soja caiu 8,47%, enquanto o milho teve queda de 6,12%. Em 12 meses, porém, a primeira prévia do IGP-M acumula uma alta forte, de 13,99%
