Revoltados com o que classificaram de "indisciplina, quebra de hierarquia e insubordinação", oficiais da reserva da mais alta patente, em sua maioria padrinhos dos atuais militares da ativa, passaram a pressionar os antigos subordinados a tomarem atitudes enérgicas contra os controladores de vôo que promoveram o motim da última sexta-feira. Segundo fonte do Alto Comando militar, os oficiais antigos avaliam que só a prisão dos organizadores e responsáveis pelo levante será capaz de evitar novos atos de indisciplina na corporação.
Hoje, o clima na cúpula da Aeronáutica é de revolta com os desdobramentos da crise aérea. Brigadeiros e outros oficiais dizem que foram desmoralizados e tiveram sua autoridade colocada em xeque com a decisão do governo de abrir negociações com os responsáveis pela paralisação dos serviços de controle aéreo em todos os aeroportos do País.
Durante o motim, multiplicaram-se cenas de desacato a oficiais. Em Recife, controladores chegaram a rasgar a escala de serviço. Na sexta-feira, depois de os controladores cruzarem os braços, o Ministério Público Militar chegou a emitir 18 atos de prisão. A procuradora da Justiça Militar, Ione de Souza Cruz, havia sido encarregada de dar a voz de prisão. Mas quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado, orientou a Aeronáutica a suspender as punições e a negociar com os amotinados.
A insatisfação dos militares pôde ser evidenciada durante almoço, no Ministério da Defesa, entre o Alto Comando da Aeronáutica, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e o líder da minoria na Casa, deputado Júlio Redecker (PSDB-RS). No encontro, os militares -em consonância com nota divulgada no sábado - se mostraram indignados com a decisão do governo de editar uma medida provisória transferindo 1,5 mil dos 2,4 mil controladores militares para o novo Controle da Circulação Aérea Geral, de caráter civil, que ficará vinculado ao Ministério da Defesa. E alertaram para o risco da desmilitarização. Na prática, a medida representará a perda da responsabilidade militar sobre controle aéreo.
Hoje, o clima na cúpula da Aeronáutica é de revolta com os desdobramentos da crise aérea. Brigadeiros e outros oficiais dizem que foram desmoralizados e tiveram sua autoridade colocada em xeque com a decisão do governo de abrir negociações com os responsáveis pela paralisação dos serviços de controle aéreo em todos os aeroportos do País.
Durante o motim, multiplicaram-se cenas de desacato a oficiais. Em Recife, controladores chegaram a rasgar a escala de serviço. Na sexta-feira, depois de os controladores cruzarem os braços, o Ministério Público Militar chegou a emitir 18 atos de prisão. A procuradora da Justiça Militar, Ione de Souza Cruz, havia sido encarregada de dar a voz de prisão. Mas quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado, orientou a Aeronáutica a suspender as punições e a negociar com os amotinados.
A insatisfação dos militares pôde ser evidenciada durante almoço, no Ministério da Defesa, entre o Alto Comando da Aeronáutica, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e o líder da minoria na Casa, deputado Júlio Redecker (PSDB-RS). No encontro, os militares -em consonância com nota divulgada no sábado - se mostraram indignados com a decisão do governo de editar uma medida provisória transferindo 1,5 mil dos 2,4 mil controladores militares para o novo Controle da Circulação Aérea Geral, de caráter civil, que ficará vinculado ao Ministério da Defesa. E alertaram para o risco da desmilitarização. Na prática, a medida representará a perda da responsabilidade militar sobre controle aéreo.
