Os ministérios da Saúde e da Educação (MEC) lançaram ontem, no Palácio do Planalto, em Brasília, o Projeto Olhar Brasil. O objetivo da iniciativa é reduzir a evasão escolar, oferecendo exames oftalmológicos e óculos (monofocais e bifocais) aos alunos portadores de problemas de visão matriculados na rede pública de ensino. Além dos alunos de 1 a 8 séries (ensino fundamental), cuja faixa etária varia entre 6 e 16 anos, os profissionais que atuam no projeto Olhar Brasil atenderão ainda a população assistida pelo programa Brasil Alfabetizado, do MEC, e pessoas com idade acima de 60 anos. O Brasil Alfabetizado abrange 4 mil municípios. Com duração de três anos, o Olhar Brasil envolve a aplicação de R$ 323,3 milhões e a assistência direta a 44 milhões de pessoas. Os pacientes assistidos receberão acompanhamento anual dos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) para avaliar a evolução do problema diagnosticado. O lançamento do programa antecede o da Política Nacional de Oftalmologia, que objetiva a organização da rede do SUS na assistência aos pacientes com problemas de visão.
Dados fornecidos pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) revelam que 30% das crianças em idade escolar e 100% dos adultos com mais de 40 anos apresentam problemas oculares que interferem no desempenho diário, na auto-estima, na inserção social e na qualidade de vida. Segundo o Censo de 2000, aproximadamente 10% da população, ou 18 milhões de brasileiros (números atualizados a partir da estimativa da população em 2006), têm algum problema visual. A identificação de possíveis problemas de visão nas crianças e nos adultos integrantes do programa de alfabetização do MEC será feita, primeiramente, pelos próprios professores, a partir das dificuldades relatadas pelos alunos e que interfiram na aprendizagem.
Os professores e alfabetizadores serão treinados para fazer a primeira triagem. Os alunos com algum problema identificado serão atendidos por integrantes do Programa Saúde da Família (PSF). Eles é que farão o encaminhamento dos pacientes à rede do Sistema Único de Saúde (SUS) para as consultas e realização dos exames mais específicos e o conseqüente diagnóstico do problema ocular. Os exames oferecidos pelo projeto Olhar Brasil começam dentro de três meses e são os mesmos preconizados pela OMS e CBO (tonometria e fundoscopia). Os dois primeiros meses do projeto serão dedicados ao treinamento dos professores e alfabetizadores. Um banco de dados, a ser gerido pelo Ministério da Saúde, será atualizado trimestralmente pelas secretarias municipais e estaduais de Saúde, de modo a acompanhar a amplitude e eficácia do Olhar Brasil.
O SUS dispõe de 2.374 unidades de saúde que fazem consulta oftalmológica. Em 2005 foram realizadas mais de 7,8 milhões dessas consultas e fornecidos 91.390 óculos. O número de oftalmologistas na rede pública é de 5.701 profissionais. Tanto os profissionais quanto as consultas, entretanto, se concentram nas regiões Sul e Sudeste, com 57% do total de serviços. Os demais 43% estão distribuídos nas regiões Norte e Nordeste, com 32%, e no Centro-Oeste, com 11%. Enquanto no eixo Rio-São Paulo há um oftalmologista para cada 10.757 habitantes, no Acre existe um especialista em saúde ocular para cada grupo de 378 mil habitantes.
Dados fornecidos pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) revelam que 30% das crianças em idade escolar e 100% dos adultos com mais de 40 anos apresentam problemas oculares que interferem no desempenho diário, na auto-estima, na inserção social e na qualidade de vida. Segundo o Censo de 2000, aproximadamente 10% da população, ou 18 milhões de brasileiros (números atualizados a partir da estimativa da população em 2006), têm algum problema visual. A identificação de possíveis problemas de visão nas crianças e nos adultos integrantes do programa de alfabetização do MEC será feita, primeiramente, pelos próprios professores, a partir das dificuldades relatadas pelos alunos e que interfiram na aprendizagem.
Os professores e alfabetizadores serão treinados para fazer a primeira triagem. Os alunos com algum problema identificado serão atendidos por integrantes do Programa Saúde da Família (PSF). Eles é que farão o encaminhamento dos pacientes à rede do Sistema Único de Saúde (SUS) para as consultas e realização dos exames mais específicos e o conseqüente diagnóstico do problema ocular. Os exames oferecidos pelo projeto Olhar Brasil começam dentro de três meses e são os mesmos preconizados pela OMS e CBO (tonometria e fundoscopia). Os dois primeiros meses do projeto serão dedicados ao treinamento dos professores e alfabetizadores. Um banco de dados, a ser gerido pelo Ministério da Saúde, será atualizado trimestralmente pelas secretarias municipais e estaduais de Saúde, de modo a acompanhar a amplitude e eficácia do Olhar Brasil.
O SUS dispõe de 2.374 unidades de saúde que fazem consulta oftalmológica. Em 2005 foram realizadas mais de 7,8 milhões dessas consultas e fornecidos 91.390 óculos. O número de oftalmologistas na rede pública é de 5.701 profissionais. Tanto os profissionais quanto as consultas, entretanto, se concentram nas regiões Sul e Sudeste, com 57% do total de serviços. Os demais 43% estão distribuídos nas regiões Norte e Nordeste, com 32%, e no Centro-Oeste, com 11%. Enquanto no eixo Rio-São Paulo há um oftalmologista para cada 10.757 habitantes, no Acre existe um especialista em saúde ocular para cada grupo de 378 mil habitantes.