Mas acordo entre governistas e a oposição adiou por 20 dias o iníciodos trabalhos. A CPI do Apagão Aéreo vai iniciar os trabalhos no Senado em 20 dias. Esse foi o prazo que ficou acordado ontem, em reunião dos líderes partidários com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que os partidos indiquem os nomes para os cargos. Hoje, Renan vai anunciar a abertura da CPI. "Foi uma decisão compartilhada com os líderes. Agora ela se torna irreversível", disse o presidente do Senado. Numa reunião amistosa - em que o prazo estipulado de 20 dias foi considerado longo - o DEM e o PSDB não fizeram a pressão que haviam prometido. Na segunda-feira, tucanos e democratas disseram que queriam o início das investigações em uma semana. Perderam a batalha para os governistas, que conseguiram ganhar tempo com a esperança de que a Câmara também abra uma CPI - onde o governo tem maioria. O líder tucano, Arthur Virgílio (AM), negou a derrota no embate sobre o prazo: "O governo queria 30 dias de prazo e achava pouco. Forçamos o debate e fechamos em 20".
A insatisfação do tucano, no entanto, ficou clara. Apesar de todos os líderes reconhecerem a CPI como fato, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), saiu do gabinete de Renan com um discurso otimista. Pregou a possibilidade de um acordo entre as bancadas, sinalizando que a investigação pode ficar só na Câmara. "A CPI é um instrumento legítimo. Mas seria uma overdose termos duas CPI. Essa é a visão de parte da bancada do governo. Haverá os 20 dias para serem indicados os membros. Se nesse período houver algum tipo de entendimento construído com todos os partidos, pode-se chegar a outro caminho. Senão, haverá as duas comissões", avaliou Jucá.
O Supremo Tribunal Federal julga hoje um mandado de segurança da oposição para anular o arquivamento da comissão na Câmara, que aconteceu no mês passado. Há a possibilidade de a investigação na Casa começar antes que o Senado inicie os trabalhos, dependendo do prazo estipulado para a nomeação dos membros. Até a oposição reconhece isso. "A CPI é uma necessidade da sociedade e só haverá modificação se houver um amplo acordo entre as bancadas da Câmara e do Senado", disse o líder do DEM, senador José Agripino (RN). Democratas e tucanos reforçaram, no entanto, que independentemente de uma CPI ser instalada também na Câmara, a do Senado não vai ficar ofuscada. Agripino preferiu não citar nomes de futuros depoentes. "Falar nisso agora é colocar a carroça na frente dos bois", finalizou.
Articulação
Apesar do otimismo de Jucá, também ontem líderes da oposição iniciaram um movimento para restabelecer a unidade interna e tentar reverter o clima de conflagração pelo qual passam o PSDB e o Democratas (ex-PFL). Os líderes dos dois partidos na Câmara, além do PPS, organizaram um "almoço de paz" para discutir a relação. Após "lavar a roupa suja", as duas legendas concluíram que as divergências só servem ao presidente Lula. "É uma tentativa de organizar o trabalho da oposição, pois estamos batendo cabeça nos últimos tempos", afirmou o líder da minoria, deputado Julio Redecker (PSDB-RS).
A tentativa de diminuir as diferenças veio um dia depois de o presidente da República ter revelado a ministros que está empenhado em "aprofundar um processo de distensão política no País". O presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), exemplificou como atitude oposicionista a rejeição o pedido do governo de crédito extraordinário de R$ 7 bilhões
A insatisfação do tucano, no entanto, ficou clara. Apesar de todos os líderes reconhecerem a CPI como fato, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), saiu do gabinete de Renan com um discurso otimista. Pregou a possibilidade de um acordo entre as bancadas, sinalizando que a investigação pode ficar só na Câmara. "A CPI é um instrumento legítimo. Mas seria uma overdose termos duas CPI. Essa é a visão de parte da bancada do governo. Haverá os 20 dias para serem indicados os membros. Se nesse período houver algum tipo de entendimento construído com todos os partidos, pode-se chegar a outro caminho. Senão, haverá as duas comissões", avaliou Jucá.
O Supremo Tribunal Federal julga hoje um mandado de segurança da oposição para anular o arquivamento da comissão na Câmara, que aconteceu no mês passado. Há a possibilidade de a investigação na Casa começar antes que o Senado inicie os trabalhos, dependendo do prazo estipulado para a nomeação dos membros. Até a oposição reconhece isso. "A CPI é uma necessidade da sociedade e só haverá modificação se houver um amplo acordo entre as bancadas da Câmara e do Senado", disse o líder do DEM, senador José Agripino (RN). Democratas e tucanos reforçaram, no entanto, que independentemente de uma CPI ser instalada também na Câmara, a do Senado não vai ficar ofuscada. Agripino preferiu não citar nomes de futuros depoentes. "Falar nisso agora é colocar a carroça na frente dos bois", finalizou.
Articulação
Apesar do otimismo de Jucá, também ontem líderes da oposição iniciaram um movimento para restabelecer a unidade interna e tentar reverter o clima de conflagração pelo qual passam o PSDB e o Democratas (ex-PFL). Os líderes dos dois partidos na Câmara, além do PPS, organizaram um "almoço de paz" para discutir a relação. Após "lavar a roupa suja", as duas legendas concluíram que as divergências só servem ao presidente Lula. "É uma tentativa de organizar o trabalho da oposição, pois estamos batendo cabeça nos últimos tempos", afirmou o líder da minoria, deputado Julio Redecker (PSDB-RS).
A tentativa de diminuir as diferenças veio um dia depois de o presidente da República ter revelado a ministros que está empenhado em "aprofundar um processo de distensão política no País". O presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), exemplificou como atitude oposicionista a rejeição o pedido do governo de crédito extraordinário de R$ 7 bilhões