Cerca de 200 mensagens eletrônicas, opiniões sobre etiqueta e críticas abertas de parlamentares alimentam a polêmica que se instalou na Câmara por causa do hábito do deputado Edimar Mão Branca (PV-BA) usar o chapéu de vaqueiro no plenário. Enquanto o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), prepara o ato que estabelecerá o uso do padrão terno e gravata para os deputados e, claro, sem complementos na cabeça, os eleitores manifestam apoio a Edimar Mão Branca. Até a tarde de ontem, ele, cantor de forró, havia recebido 200 correios eletrônicos a favor da manutenção da peça.
“Quando eu me candidatei, meus eleitores sabiam que eu usava chapéu”, lembra. “Estou usando terno e gravata. Não tem nada aqui dentro (diz, levantando o chapéu). Só protegendo um cérebro brasileiro bem-intencionado”, disse. O deputado Clodovil Hernandes (PTC-SP) deu o parecer: “Um homem bem-educado não usa chapéu em ambiente coberto”. Alegando o ritual do cargo, o deputado Sílvio Costa (PMN-PE) condenou Edimar Mão Branca. “Aqui não é lugar de vaqueiro. É de parlamentar. Existe a liturgia do Parlamento. Não cabe esse traje”, afirmou.
O deputado acha a discussão inútil. “É uma perda de tempo discutir isso no Brasil. Parece uma coisa preconceituosa”, afirmou. “Não tem nada que proíbe (a peça).”
Depois de discutir na reunião da Mesa Diretora o uso do chapéu, Chinaglia considera que o assunto repercute mais do que deve. “Não é um tema que eu creio que deva merecer atenção e ser notícia nacional”, afirmou.
“Quando eu me candidatei, meus eleitores sabiam que eu usava chapéu”, lembra. “Estou usando terno e gravata. Não tem nada aqui dentro (diz, levantando o chapéu). Só protegendo um cérebro brasileiro bem-intencionado”, disse. O deputado Clodovil Hernandes (PTC-SP) deu o parecer: “Um homem bem-educado não usa chapéu em ambiente coberto”. Alegando o ritual do cargo, o deputado Sílvio Costa (PMN-PE) condenou Edimar Mão Branca. “Aqui não é lugar de vaqueiro. É de parlamentar. Existe a liturgia do Parlamento. Não cabe esse traje”, afirmou.
O deputado acha a discussão inútil. “É uma perda de tempo discutir isso no Brasil. Parece uma coisa preconceituosa”, afirmou. “Não tem nada que proíbe (a peça).”
Depois de discutir na reunião da Mesa Diretora o uso do chapéu, Chinaglia considera que o assunto repercute mais do que deve. “Não é um tema que eu creio que deva merecer atenção e ser notícia nacional”, afirmou.
CHAPÉU NO CONGRESSO
Com este chapéu, lembrei-me de Lampião. Que coisa esquisita! Será que o parlamento brasileiro não tem outros assuntos importantes? É que o tal do chapéu, usual pelos cangaceiros e vaqueiros do Nordeste, dá uma conotação, de certa forma, negativa. Na verdade, não é muito simpático e adequado numa casa de leis, como a Câmara dos Deputados.
