terça-feira, 17 de abril de 2007

Outras 120 pessoas podem ser presas com a Operação Furacão

A Polícia Federal planeja prender outras 120 pessoas ligadas ao esquema de exploração de jogos ilegais, lavagem de dinheiro e compra de decisões judiciais desmantelado pela Operação Furacão. Segundo o delegado da PF Emmanuel Henrique Oliveira, as novas prisões começarão a acontecer depois da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da operação. Ontem, a PF anunciou que pediria ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação por mais cinco dias das prisões temporárias das 25 pessoas detidas na última sexta-feira.

O objetivo é evitar que os acusados interfiram nas investigações, ocultando provas ou pressionando testemunhas que podem ser chamadas a depor. De acordo com o delegado, a maioria das pessoas que ainda devem ser detidas para investigação é de servidores públicos envolvidos com tráfico de influência e prevaricação. A prisão temporária dos policiais federais, bicheiros e empresários encarcerados na Superintendência da PF em Brasília expira amanhã, às 6h. A prorrogação das prisões depende de uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cezar Peluso, relator do inquérito.

Com o alongamento das prisões, a PF espera também ter mais tempo para interrogar os acusados. Ontem, a polícia ouviu o depoimento de mais dois investigados. Os outros seis acusados se negaram a colaborar com a PF, e, aconselhados por advogados, disseram que darão declarações quando tiveram acesso aos autos do processo. Ontem o ministro Cesar Peluso decidiu que os advogados dos 25 investigados terão acesso aos autos do inquérito sigiloso (2,7 mil páginas em cinco volumes), que se encontra no gabinete do ministro-relator Cezar Peluso, mas apenas na secretaria do tribunal. Além disso, poderão manter conversas pessoais e reservadas com seus clientes, e não somente através de interfone

A quadrilha foi descoberta pela PF a partir dos depoimentos de presos envolvidos no furto de R$ 2 milhões da Superintendência da Polícia Federal do Rio, na Praça Mauá, em 2005. O dinheiro foi apreendido na operação Caravelas, que desmantelou uma quadrilha de tráfico internacional de drogas. Um dos acusados conhecia o mecanismo de exploração de jogos ilegais no Rio e passou as informações ao setor de inteligência da Polícia Federal, em troca do benefício da delação premiada.

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