segunda-feira, 26 de março de 2007

Aprovação cai mais entre pobres e no Nordeste

A queda no índice de ótimo/ bom no desempenho do presidente Lula (de 52% para 48%) foi maior entre as faixas da população que mais o apóiam e que garantiram a sua reeleição em 2006: os menos escolarizados, os mais pobres e os habitantes das regiões Nordeste e Norte/Centro-Oeste. Entre esses brasileiros, mais fortemente atendidos pelos programas sociais e beneficiados pela melhora da distribuição de renda, Lula ainda continua mais bem avaliado do que na média do país. Mas uma evidente erosão ocorreu entre o auge de sua popularidade na reeleição e a semana passada.

No Nordeste, a taxa de ótimo/bom de Lula caiu nove pontos percentuais, de 68% para 59%. No Norte/Centro-Oeste, a queda foi de seis pontos, de 55% para 49%. No Sul, que sempre avaliou com mais rigor o presidente, houve nova queda -de cinco pontos, para 36%. O Sudeste ficou estável. O mesmo ocorreu entre os entrevistados mais pobres, com renda familiar mensal até cinco salários mínimos (R$ 1.750). Entre eles, a avaliação positiva de Lula caiu cinco pontos, para 50%.

Já em relação à escolaridade, a avaliação positiva de Lula perdeu quatro pontos entre os que têm só até o ensino fundamental (foi para 54%) e seis pontos entre os que foram até o ensino médio (44% agora). "No segundo turno da eleição [em 29 de outubro], Lula teve uma reação em relação ao final do primeiro turno. É natural que, após a campanha, ele perdesse alguns pontos", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha. "Mas o interessante é que Lula mantém o mesmo patamar de avaliação positiva do primeiro turno. Normalmente, governantes perdem popularidade após o início do governo", afirma. (FCZ

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2503200703.htm

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