Despencou a avaliação dos novos congressistas que tomaram posse em 1º de fevereiro passado, segundo o Datafolha. Em dezembro, antes de os novos deputados e senadores tomarem posse, 43% acreditavam que eles teriam um ótimo desempenho. Agora, com eles já trabalhando em Brasília, a avaliação caiu para 16%. Antes do início da legislatura atual, os eleitores estavam esperançosos. Só 14% apostavam em um Congresso ruim ou péssimo. O percentual agora é de expressivos 30%. Os 32% para os quais o Congresso teria desempenho regular se transformaram em 46%. Esses dados foram captados pelo Datafolha em pesquisa nacional nos dias 19 e 20 deste mês. A margem de erro é de dois pontos percentuais. A pesquisa de 2006 foi realizada em 13 de dezembro passado.
Alguns fatos contribuíram para a deterioração da imagem dos deputados e dos senadores. Desde o ano passado, o aumento de salários dos congressistas toma conta das discussões dentro do Poder Legislativo.No final do ano passado, foi abortada uma tentativa de elevar os subsídios mensais em mais de 90%. Agora, o assunto voltou à tona com um disfarce: querem um reajuste menor, mas também uma verba mensal extra para ser gasta sem comprovação com conta fiscal.Esse episódio da verba extra ocorreu na quinta e não foi captado pela pesquisa Datafolha. Seria um fator a mais para dilapidar a imagem do Congresso.
CPI do Apagão Aéreo
Um fato negativo inteiramente observado pelos entrevistados foi a manobra de deputados governistas para engavetar na Câmara a CPI do Apagão aéreo. Houve cenas de quase agressão física nos telejornais na semana passada, quando o Datafolha estava em campo.No geral, entretanto, a imagem do atual Congresso ainda não atingiu os níveis críticos do período dos grandes escândalos recentes, como o do mensalão e dos sanguessugas.
Em agosto de 2005, no auge da crise do mensalão, 48% dos pesquisados disseram que o desempenho do Congresso era ruim ou péssimo, 18 pontos acima dos atuais 30%.
Quando se estratifica a pesquisa, fica claro que o maior bolsão de resistência aos congressistas está no grupo de maior escolaridade e renda. Entre os que têm curso superior, 44% acham o desemprenho dos parlamentares ruim ou péssimo. Para os que ganham mais de dez salários mínimos, a situação é pior: 51% escolhem a resposta ruim ou péssimo para avaliar o Congresso.
Confrontado com os números ruins nesse seu início de gestão, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que o levantamento "é uma orientação para todos os congresistas trabalharem mais, procurando dar encaminhamento a temas de interesse nacional e deixar os assuntos corporativos para segundo plano".
Folha para assinante aqui
Alguns fatos contribuíram para a deterioração da imagem dos deputados e dos senadores. Desde o ano passado, o aumento de salários dos congressistas toma conta das discussões dentro do Poder Legislativo.No final do ano passado, foi abortada uma tentativa de elevar os subsídios mensais em mais de 90%. Agora, o assunto voltou à tona com um disfarce: querem um reajuste menor, mas também uma verba mensal extra para ser gasta sem comprovação com conta fiscal.Esse episódio da verba extra ocorreu na quinta e não foi captado pela pesquisa Datafolha. Seria um fator a mais para dilapidar a imagem do Congresso.
CPI do Apagão Aéreo
Um fato negativo inteiramente observado pelos entrevistados foi a manobra de deputados governistas para engavetar na Câmara a CPI do Apagão aéreo. Houve cenas de quase agressão física nos telejornais na semana passada, quando o Datafolha estava em campo.No geral, entretanto, a imagem do atual Congresso ainda não atingiu os níveis críticos do período dos grandes escândalos recentes, como o do mensalão e dos sanguessugas.
Em agosto de 2005, no auge da crise do mensalão, 48% dos pesquisados disseram que o desempenho do Congresso era ruim ou péssimo, 18 pontos acima dos atuais 30%.
Quando se estratifica a pesquisa, fica claro que o maior bolsão de resistência aos congressistas está no grupo de maior escolaridade e renda. Entre os que têm curso superior, 44% acham o desemprenho dos parlamentares ruim ou péssimo. Para os que ganham mais de dez salários mínimos, a situação é pior: 51% escolhem a resposta ruim ou péssimo para avaliar o Congresso.
Confrontado com os números ruins nesse seu início de gestão, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que o levantamento "é uma orientação para todos os congresistas trabalharem mais, procurando dar encaminhamento a temas de interesse nacional e deixar os assuntos corporativos para segundo plano".
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