segunda-feira, 26 de março de 2007

Risco-país segue batendo sucessivos recordes de baixa

Na sexta-feira, o indicador estava em 172 pontos-base, o menor já registrado pelo Brasil. O retorno da forte volatilidade que caracterizou os mercados nas últimas semanas, embora ainda não esteja, parece cada vez mais distante. A semana passada foi bastante positiva. Na quarta, o comunicado do Fed sinalizou juros estáveis, com tendência de corte no segundo semestre. Na sexta, a venda de casas existentes surpreendeu. Em fevereiro, na taxa anualizada, foram registradas 6,69 milhões de vendas de casas, acima do esperado. O dado reduziu a probabilidade de corte no juro americano, mas teve pouco reflexo nos negócios.

Após a divulgação dos números, o rendimento pago pelos treasuries de 10 anos - referência no mercado - subia a 4,59%. O movimento ajudou o risco-Brasil a bater novo recorde. O indicador mede o excedente que os papéis brasileiros pagam, na média, em relação à rentabilidade garantida pelos bônus do governo norte-americano. Ou seja, com a alta do rendimento pago pelos papéis americanos associada à queda da remuneração dos títulos brasileiro, esta sobretaxa fica cada vez menor. No fechamento do mercado local, o risco-país estava em 172 pontos-base, um recuo de 1,71%, o menor nível da história do Brasil.

No mercado de câmbio, o dólar retomou com força sua trajetória declinante frente ao real. No acumulado da semana, o recuou foi de 1,26%, que levou a taxa a R$ 2,062. No ano, apesar da forte presença do BC no mercado, a queda acumulada chega a 3,41%. Os números consolidados do BC mostram que, este ano até o final de fevereiro, a autoridade monetária já tinha adquirido US$ 13,65 bilhões. Só em fevereiro, foram comprados no mercado US$ 8,8 bilhões, o dobro de fevereiro e um dos maiores volumes mensais já adquiridos pelo BC. As reservas internacionais do País, para onde vão os dólares do BC, estão em US$ 107,533 bilhões.

As compras do BC se por um lado reduzem o ritmo de queda do dólar, por outro ao engordar as reservas tornam o País mais seguro para o capital, colaborando para atrair dólares. "Toda vez que as reservas sobem, e hoje o volume é muito grande, o BC está criando lastro para o País, o que dá mais segurança para o investidor interessado em ingressar aqui", avalia Marcos Forgione, gerente de câmbio da corretora Souza Barros.

Na BM&F, a maior parte das taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) oscilou pouco. O DI de janeiro de 2009, o mais líquido, apontou taxa de 11,69%, face 11,65% do ajuste anterior. Abril de 2007 indicou juro de 12,65%, o mesmo do fechamento anterior. O DI de outubro de 2007 também ficou inalterado, projetando taxa a 12,20%.

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