quarta-feira, 14 de março de 2007

Uma amizade que agrada aos franceses

A proximidade do governador Sérgio Cabral com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está rendendo bons frutos para o Estado do Rio. Empresários franceses, que almoçaram ontem com Cabral, confirmaram que se sentem mais seguros de investir no Rio. Mas cobraram do governador medidas para reduzir a violência. Segundo os franceses, este é o maior entrave para a atração de novas empresas.

- Gosto muito deste bom relacionamento do governador com Brasília e com Lula. Vai ajudar nos investimentos importantes para os empresários, como o arco rodoviário - enfatizou o presidente da Câmara de Comércio França-Brasil, Jean Noël Gèrard, antes da chegada de Cabral ao almoço.

Já sabendo das expectativas do empresariado francês no Brasil, Cabral fez um discurso que agradou. Lembrou de sua parceria com Lula, arrancando gargalhadas da platéia.

- Nós recuperamos a ligação com o governo federal que o governo do Estado não tinha. Lula tem feito muitos gols no Rio, inclusive no Maracanã. E eu juro que tentei defender aquela bola - disse o governador, referindo-se à visita de Lula ao estádio semana passada para anunciar mais investimentos para os Jogos Pan-Americanos, quando o presidente bateu três pênaltis com Cabral no gol.

O presidente da Peugeot-Citroën no Brasil, Pierre Michel Fouconnier, foi um dos empresários que, diante de Cabral, anunciaram investimentos. Segundo o executivo, a empresa francesa vai aumentar a capacidade de produção da fábrica de Porto Real, no Sul do Estado, de 100 mil veículos para 150 mil veículos por ano.

Em resposta, Cabral garantiu que todos os esforços do governo estão voltados para o combate à violência e melhoria da educação do Estado. Um dos incentivos para as empresas estrangeiras é a mão de obra qualificada. E o Rio deixa muito a desejar neste quesito.

- É muito difícil dizer não para prefeitos do interior que vêm pedir dinheiro para obras - disse o governador, anunciando que abrirá concurso com mais 2 mil vagas para policiais militares no Estado. - O foco deste governo é investir em segurança e educação.

Já os incentivos fiscais que atraíram muitas empresas para São Paulo nos últimos anos não figuram nos planos do governador. Diante da situação financeira do Rio, Cabral deixou claro que os empresários vão ter que contar com os atrativos naturais do Estado, como o petróleo.

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