Fidel Castro não só está melhor de saúde, como está reassumindo, aos poucos, as funções de chefe de Estado de Cuba. A revelação é de autoridades cubanas e haitianas: o convalescente líder participou, na segunda-feira, de uma reunião entre o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o do Haiti, René Préval, por telefone.
Fidel ligou quatro vezes para falar com Chávez e Préval em Porto Príncipe. Na pauta, estava a cooperação bilateral Venezuela-Cuba ao país mais pobre das Américas.
- Ele queria ter certeza de que a assistência vá ser um sucesso - contou o líder haitiano.
Numa demonstração de que o revolucionário pretende voltar ao poder - mesmo aos 81 anos e ainda em recuperação de delicadas cirurgias no intestino - quem também participava da conferência com Fidel não era seu irmão e atual presidente de Cuba, Raúl Castro, mas o vice-presidente, Esteban Lazo. Chávez anunciou R$ 44,2 milhões de financiamento para aumentar o programa médico no Haiti. Fidel prometeu, por sua vez, ampliar a quantidade de médicos cubanos nas áreas mais remotas do país. Os profissionais serão pagos com o dinheiro venezuelano.
O cubano deixou o poder em 31 de julho, para se submeter a uma cirurgia. A doença é mantida em segredo pelo governo de Havana. Alguns acreditam que sofra de uma forma de diverticulite, uma inflamação no intestino. Para autoridades americanas, Fidel sofre de câncer e não tem muitos meses de vida.
- Todas esses indícios de melhora não são boa notícia para os EUA - provocou o chanceler de Cuba, Felipe Perez Roque. - A verdade é que Fidel se recupera, faz exercícios físicos e está mais forte.
Em um telefonema surpresa de Chávez há duas semanas, o Comandante contou ao vivo aos ouvintes do programa Alô, Presidente que Cuba "vai bem" sem ele no comando. Por isso, mesmo em Havana muitas autoridades acham que, se Fidel voltar ao poder, vai diminuir a quantidade de tarefas.
- Ele parou de fazer o que fazia: os longos discursos, a presença em todos os acontecimentos, sempre de farda militar - salientou o presidente da Assembléia Nacional, Ricardo Alarcón. - Se as coisas vão voltar a ser como eram, é outra história.
No Haiti para impulsionar a ajudava venezuelana-cubana, Chávez foi recebido por uma multidão nas ruas. Muitos dos civis que correram ao lado da comitiva são simpatizantes do líder haitiano deposto, Jean-Bertrand Aristide. Alguns conseguiram passar a segurança e tocar em Chávez.
- Longa vida a Chávez, abaixo Bush - gritavam.
Ao que o bolivariano respondeu:
- O povo haitiano é um povo heróico. Tão heróico, mas tão oprimido.
George Bush não é querido entre os mais pobres do Haiti. Muitos acham que os EUA ajudaram a derrubar Aristide, apesar de Washington negar a denúncia do ex-presidente de que foi seqüestrado.
Fidel ligou quatro vezes para falar com Chávez e Préval em Porto Príncipe. Na pauta, estava a cooperação bilateral Venezuela-Cuba ao país mais pobre das Américas.
- Ele queria ter certeza de que a assistência vá ser um sucesso - contou o líder haitiano.
Numa demonstração de que o revolucionário pretende voltar ao poder - mesmo aos 81 anos e ainda em recuperação de delicadas cirurgias no intestino - quem também participava da conferência com Fidel não era seu irmão e atual presidente de Cuba, Raúl Castro, mas o vice-presidente, Esteban Lazo. Chávez anunciou R$ 44,2 milhões de financiamento para aumentar o programa médico no Haiti. Fidel prometeu, por sua vez, ampliar a quantidade de médicos cubanos nas áreas mais remotas do país. Os profissionais serão pagos com o dinheiro venezuelano.
O cubano deixou o poder em 31 de julho, para se submeter a uma cirurgia. A doença é mantida em segredo pelo governo de Havana. Alguns acreditam que sofra de uma forma de diverticulite, uma inflamação no intestino. Para autoridades americanas, Fidel sofre de câncer e não tem muitos meses de vida.
- Todas esses indícios de melhora não são boa notícia para os EUA - provocou o chanceler de Cuba, Felipe Perez Roque. - A verdade é que Fidel se recupera, faz exercícios físicos e está mais forte.
Em um telefonema surpresa de Chávez há duas semanas, o Comandante contou ao vivo aos ouvintes do programa Alô, Presidente que Cuba "vai bem" sem ele no comando. Por isso, mesmo em Havana muitas autoridades acham que, se Fidel voltar ao poder, vai diminuir a quantidade de tarefas.
- Ele parou de fazer o que fazia: os longos discursos, a presença em todos os acontecimentos, sempre de farda militar - salientou o presidente da Assembléia Nacional, Ricardo Alarcón. - Se as coisas vão voltar a ser como eram, é outra história.
No Haiti para impulsionar a ajudava venezuelana-cubana, Chávez foi recebido por uma multidão nas ruas. Muitos dos civis que correram ao lado da comitiva são simpatizantes do líder haitiano deposto, Jean-Bertrand Aristide. Alguns conseguiram passar a segurança e tocar em Chávez.
- Longa vida a Chávez, abaixo Bush - gritavam.
Ao que o bolivariano respondeu:
- O povo haitiano é um povo heróico. Tão heróico, mas tão oprimido.
George Bush não é querido entre os mais pobres do Haiti. Muitos acham que os EUA ajudaram a derrubar Aristide, apesar de Washington negar a denúncia do ex-presidente de que foi seqüestrado.
