Pesquisador critica interpretações catastróficas e sensacionalistas
Até o ano de 2100, o nível do mar deverá aumentar de 60 centímetros a um metro. A principal causa do aumento do nível do mar no mundo é o derretimento de gelo ao sul da Groenlândia e nas ilhas árticas. Outra contribuição importante é o derretimento de geleiras de montanhas, em regiões temperadas e tropicais. “Essa água vai para os rios e, então, toma o caminho do mar. Na Bolívia, as geleiras estão derretendo rapidamente. Na cidade de La Paz, 70% das águas vêm das geleiras”, explica o glaciólogo Jefferson Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, para quem muitas informações divulgadas na imprensa estão longe da realidade do aquecimento global.
Segundo o pesquisador, um equívoco comum é atribuir o derretimento unicamente à Antártica. “Apenas uma parte muito pequena do gelo do planeta está derretendo – exatamente 0,7% do volume total presente na Terra – e a participação do gelo antártico nesse percentual é mínima” observa Simões. Cerca de 10% da área total do planeta Terra é coberta de gelo e 90% do volume total de gelo fica na Antártica, ainda sem grandes alterações provocadas pelo aquecimento global.
Os comentários foram feitos neste domingo (11/03) durante o 1° Simpósio Brasileiro de Mudanças Ambientais Globais, no Rio de Janeiro. Simões criticou também a postura da imprensa em relação às mudanças ambientais globais: “Mudanças no clima sempre ocorreram. Não há motivo para pânico. O que preocupa é a velocidade do processo de derretimento das geleiras... Na velocidade em que ocorrem essas mudanças do clima, os organismos não têm tempo suficiente para se adaptar e se desenvolver”.
Fonte: Agência FAPESP
Até o ano de 2100, o nível do mar deverá aumentar de 60 centímetros a um metro. A principal causa do aumento do nível do mar no mundo é o derretimento de gelo ao sul da Groenlândia e nas ilhas árticas. Outra contribuição importante é o derretimento de geleiras de montanhas, em regiões temperadas e tropicais. “Essa água vai para os rios e, então, toma o caminho do mar. Na Bolívia, as geleiras estão derretendo rapidamente. Na cidade de La Paz, 70% das águas vêm das geleiras”, explica o glaciólogo Jefferson Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, para quem muitas informações divulgadas na imprensa estão longe da realidade do aquecimento global.
Segundo o pesquisador, um equívoco comum é atribuir o derretimento unicamente à Antártica. “Apenas uma parte muito pequena do gelo do planeta está derretendo – exatamente 0,7% do volume total presente na Terra – e a participação do gelo antártico nesse percentual é mínima” observa Simões. Cerca de 10% da área total do planeta Terra é coberta de gelo e 90% do volume total de gelo fica na Antártica, ainda sem grandes alterações provocadas pelo aquecimento global.
Os comentários foram feitos neste domingo (11/03) durante o 1° Simpósio Brasileiro de Mudanças Ambientais Globais, no Rio de Janeiro. Simões criticou também a postura da imprensa em relação às mudanças ambientais globais: “Mudanças no clima sempre ocorreram. Não há motivo para pânico. O que preocupa é a velocidade do processo de derretimento das geleiras... Na velocidade em que ocorrem essas mudanças do clima, os organismos não têm tempo suficiente para se adaptar e se desenvolver”.
Fonte: Agência FAPESP