segunda-feira, 5 de março de 2007

Grande projeto terá apoio da Petrobras e investidores japoneses


Novo projeto de agricultura irrigada começa a ser desenvolvido no Nordeste, tendo como parceiros privados a Petrobras e investidores japoneses. A meta é estimular culturas destinadas à produção de álcool/biodiesel, dentro da idéia de diversificação da matriz energética no País. O chamado Canal do Sertão será o maior projeto de irrigação do Nordeste e vai utilizar água captada na barragem baiana de Sobradinho, alimentada pelo rio São Francisco. Percorrerá um total de 571,7 km nos estados de Pernambuco e da Bahia, permitindo a irrigação de cerca de 140 mil hectares. Somente no estado de Pernambuco, dezesseis municípios do Vale do São Francisco, do Sertão Central e do Araripe serão beneficiados pelo empreendimento: Petrolina, Afrânio, Dormentes, Parnamirim, Ouricuri, Trindade, Santa Cruz, Araripina, Santa Filomena, Ipubí, Bodocó, Exu, Granito, Moreilândia, Cedro e Serrita. Projeto estruturador "Estamos fazendo no sertão nordestino o mesmo que foi feito na Califórnia, Espanha e Israel, apenas para citar algumas das maiores experiências em termos de agricultura irrigada do planeta. Somente em Pernambuco vamos beneficiar uma área de 100 mil hectares e gerar 300 mil empregos. É um importante projeto estruturador e que mostra a preocupação do governo do estado com a interiorização do desenvolvimento", comenta o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho. "Em termos de área irrigada, é como se nós fôssemos criar uma nova Petrolina", compara. O projeto será montado no formato de Parceria Público-Privada (PPP) e terá como fonte de recursos públicos o Orçamento Geral da União (OGU), o Ministério da Integração Nacional e a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf). Negociação Já está em curso negociação para que a parte privada do consórcio reúna a Petrobras e um grupo japonês da área de energia e combustíveis. Toda a área beneficiada pela água do canal seria destinada ao cultivo da cana-de-açúcar e produção de combustível. O mercado japonês seria o principal comprador do produto. A Petrobras comprometeu-se a arcar com R$ 20 milhões necessários à conclusão dos estudos para a produção do projeto executivo do empreendimento.

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