terça-feira, 27 de março de 2007

Deixa a mulher trabalhar!

Acompanhei pela imprensa a indicação da ex-prefeita Marta Suplicy para o Ministério do Turismo, e, afora a dose de resistência que a acompanha, existe uma polêmica sobre o fato dessa indicação ter sido política e não técnica. O curioso é que, recentemente, ouvi pelo rádio a manifestação de um importante dirigente do setor agrícola destacando as qualidades técnicas do ex-ministro da agricultura, mas também lamentando os resultados obtidos durante a gestão, pelo fato deste não ser um "político". E mais: este dirigente chama a atenção para a necessidade de o próximo ministro ser um "político representativo dentro de seu Partido e no Congresso".

É certo que a grama ao lado deve ser sempre mais bonita, mas como fui provocado a refletir sobre a principal conquista dos quatro anos da gestão do Ministro Walfrido (dos Mares Guia), chego à conclusão que esta conquista não foi outra, se não "política". Foi exatamente nesta hora que a expressão que intitula este artigo me veio à cabeça: E se um político competente não fosse indicado para o Ministério do Turismo? E se esse ministro-político não tivesse representatividade junto aos parlamentares e não conseguisse gerar a multiplicação por dez do orçamento do setor com emendas? E se o ministro-político não tivesse promovido a devida articulação entre ministérios, Infraero, agências e bancos oficiais chamando a atenção para o turismo e seus efeitos multiplicadores na economia?

"Político de mão cheia", como se costuma dizer, o Ministro Walfrido catalisou no Conselho Nacional de Turismo os dirigentes, técnicos, políticos e empresários mais expressivos do segmento , inclusive os mais descrentes em relação ao governo Lula, desenvolvendo sinergia jamais vista em nosso setor. Contaminou-se tanto do vírus do Turismo que, de lá de onde vai estar, tenho a certeza de que será um eterno aliado das nossas causas. Avançamos tanto nestes quatro anos que a avaliação precisa é difícil mas acreditem, a maior conquista foi "política". E como a expressão não sai da cabeça!! E se a quatro anos atrás, fosse o outro candidato o Presidente? Acho que não estaríamos discutindo indicação política, estaríamos discutindo se fomos mais bem representados, pendurados no Esportes, da economia, da indústria e comércio.

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