O presidente Lula prometeu à cúpula do PMDB solucionar as "pendências" do partido em janeiro de 2008, especialmente no que diz respeito à indicação do senador Edison Lobão (PMDB-MA) para o Ministério de Minas e Energia. Em reunião ontem com peemedebistas, Lula fixou a segunda semana de janeiro como prazo para resolver a questão do Ministério.
Lula assegurou aos peemedebistas que deixará o comando da Pasta com a bancada do partido no Senado. Desde que o ex-ministro Silas Rondeau deixou o cargo por suspeita de pagamento de propina, o PMDB reivindica a retomada do Ministério. O secretário-executivo Nelson Hubner ocupa de forma interina o cargo até que Lula indique o substituto definitivo de Rondeau – indicado pela bancada do PMDB no Senado.
Oficialmente, alguns peemedebistas negam que Lula tenha discutido a indicação de Lobão para o Ministério. "Não conversamos sobre cargos neste momento", desconversou a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA).
No entanto, o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), admitiu que o nome de Lobão será o indicado pelo partido para ocupar o Ministério em definitivo. Segundo Temer, o senador é um nome com "influência" na bancada, capaz de reunir o partido em torno de seu nome para o cargo – apesar de ter ingressado no PMDB no final deste ano, depois de deixar o DEM.
Após reunir-se com a equipe econômica, Lula recebeu Temer acompanhado dos senadores José Sarney (PMDB-AP), Roseana Sarney e Garibaldi Alves (PMDB-RN) – presidente do Senado –, além do líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).
Nos últimos dias, os peemedebistas estariam negociando um acordo com o Governo: ajudariam na aprovação da proposta da DRU no Senado e, em contrapartida, poderiam garantir a nomeação do novo ministro de Minas e Energia.