A princípio, programação estará presente em 22 Unidades da Federação
Menos de quatro meses após começar oficialmente a operar, a TV Brasil, emissora pública criada pelo governo federal, vai se transformar na Rede Brasil de Televisão, presente inicialmente em 22 Unidades da Federação. A decisão começou a ser concretizada com a constituição do Comitê de Rede das emissoras, formalizado na semana passada, em Brasília.
O grupo - do qual participam até estações oficiais de Estados governados por tucanos, como São Paulo e Minas, apesar da oposição oficial do PSDB à nova TV - trabalha com a segunda quinzena de março de 2008 como prazo para estréia da nova estrutura.
“Não é uma iniciativa do governo, é um esforço para criar um instrumento público de comunicação”, disse ao Estado o diretor de Relacionamento da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), operadora da TV Brasil, Mário Borgneth.
Às antigas TVs Educativas do Rio e do Maranhão e TV Nacional do Distrito Federal (que era da Radiobrás) - as três foram fundidas para formar a TV Brasil, que também tem dois canais em São Paulo - juntaram-se outras 19 emissoras públicas no comitê. Estão na estrutura as TVs Educativas de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina; TVs Cultura do Amazonas, Pará e São Paulo; TVs Universitárias de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Caxias do Sul (RS); Rede Minas (MG); TV Aperipê (SE); Rede Sat (TO); TV Aldeia (AC); e TV Antares (PI). Elas formarão o núcleo da futura rede que poderá, inclusive, nascer ainda maior, segundo Borgneth.
“O fato de começarmos com essas TVs não quer dizer que não possamos incluir na rede outras emissoras comunitárias, universitárias e legislativas”, disse o diretor da EBC. “Nosso modelo é diferente do das TVs comerciais, que têm em cada Estado um representante. Queremos estimular articulações.”
O Comitê de Rede criou cinco grupos de trabalho: Articulação Institucional, Compartilhamento de Programação, Jornalismo, Serviços e Infra-Estrutura. Cada emissora indicará um representante para cada um dos agrupamentos, que discutirão “o modelo de negócios” da nova Rede Brasil. Segundo Borgneth, as discussões se darão em torno de três “vetores”: compartilhamento de programação, processos colaborativos de produção de conteúdos e projetos de desenvolvimento de infra-estrutura